Haddad: em caso de déficit, criação de benefícios tributários será proibida

Em sua fala em rede nacional de TV, o chefe da equipe econômica afirmou que, em caso de déficit primário nas contas do governo, ficará proibida a “criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”

Fábio Matos

Ministro Fernando Haddad 
28/12/2023
REUTERS/Adriano Machado
Ministro Fernando Haddad  28/12/2023 REUTERS/Adriano Machado

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No pronunciamento em que anunciou as principais medidas do pacote de corte de gastos do governo federal, na noite desta quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que haverá uma espécie de “trava” para novos benefícios tributários. 

Em sua fala, o chefe da equipe econômica afirmou que, em caso de déficit primário nas contas do governo, ficará proibida a “criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”.

“Para garantir os resultados que esperamos, em caso de déficit primário, ficará proibida criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”, disse Haddad em rede nacional de TV. 

O ministro da Fazenda não detalhou como funcionará essa trava. Isso deve ocorrer apenas na quinta-feira (28), quando Haddad participará de uma entrevista coletiva para o maior detalhamento das medidas. 

“Combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central de nosso olhar humanista sobre a economia. O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas”, disse o ministro.

O ministro da Fazenda também anunciou medidas para conter os gastos públicos, a principal preocupação dos agentes econômicos. Entre elas, estão:

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De acordo com as estimativas da equipe econômica, o conjunto de medidas do pacote fiscal deve gerar uma economia de cerca de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões por ano. 

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”