Haddad descarta aumento para servidores em 2024: “Orçamento está fechado”

Declarações foram dadas em rápida entrevista coletiva, após reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), a pedido da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck

Fábio Matos

Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Foto: Adalberto Marques/MGI)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta quarta-feira (10), que o governo federal estuda a possibilidade de conceder reajustes salariais a servidores nos próximos anos, mas que, em 2024, eventuais aumentos estão descartados.

As declarações foram dadas em rápida entrevista coletiva, após uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), a pedido da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Eles trataram de eventuais reajustes aos servidores até 2028.

“Na verdade, ela [Dweck] apresentou cenários, e cada ministério, sobretudo Planejamento e Fazenda, vão devolver para a Casa Civil para fazer uma apanhado”, disse Haddad.

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“É tudo desafiador. Nós temos que equacionar as contas públicas. Há votações importantes que vão acontecer na semana que vem no Congresso”, completou o ministro.

A JEO é a instância do governo que decide sobre assuntos relativos ao orçamento. O órgão é composto pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento (comandado por Simone Tebet), da Gestão (Esther Dweck) e da Casa Civil (Rui Costa).

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“Precisamos completar o trabalho”

Haddad também voltou a demonstrar preocupação com o andamento das pautas econômicas no Legislativo neste primeiro semestre. Depois do meio do ano, as atenções de grande parte dos deputados e senadores estarão voltadas às eleições municipais de outubro, o que deve travar os trabalhos no Congresso Nacional.

“Eu já me reuni com o presidente [Arthur] Lira [da Câmara dos Deputados] e o presidente [Rodrigo] Pacheco [do Senado]. O trabalho do ano passado foi muito importante, mas nós precisamos completar esse trabalho e fechar o ciclo de ajuste das contas”, defendeu Haddad.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Além do InfoMoney, teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”.