Guru econômico de Marina Silva, Giannetti diz que quer Lula e FHC como aliados

Giannetti destacou que o governo de Dilma Rousseff se meteu em "tamanha confusão" e, com isso, a equipe econômica de Marina terá que insistir no "tripé econômico"; ele também negou necessidade de uma Carta ao Povo Brasileiro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Um dos conselheiros econômicos de Marina Silva, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca ressaltou ânimo em entrevista à Folha de S. Paulo com os resultados de pesquisas feitas pelo PSB que sugerem crescimento das preferências eleitorais de Marina Silva, firmando-se em segundo lugar na disputa.

E esta possibilidade aumenta as especulações sobre o papel do economista no governo. Ele se define como uma pessoa “sem ambições políticas” e diz que não o interessa ser o próximo ministro da fazenda.

Giannetti destacou que o governo de Dilma Rousseff se meteu em “tamanha confusão” e, com isso, a equipe econômica de Marina terá que insistir em algo que já deveria ser superado: o “tripé econômico”, baseado em câmbio flutuante, meta de inflação e disciplina fiscal.

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Quanto ao governo Dilma, afirma que ela “cometeu uma grave barbeiragem na condução da política do BC, que foi deixar claro, no início do mandato, que a inflação no teto da meta [de 4,5%, com tolerância até 6,5%] estaria de bom tamanho. “Se diz que o teto está bom, ele vira o novo centro. Foi o que aconteceu”, diz o economista, que voltou a defender mais autonomia para o BC.

O economista ressaltou ainda que o projeto de Marina a diferencia muito de Dilma e de Aécio [Neves, candidato pelo PSDB], afirmando que ela quer construir uma nova governabilidade, “não baseada na barganha de pedaços do governo para obter apoio no Congresso”. 

“Eduardo Campos tinha dito, e Marina está alinhada com isso, que no seu governo, Sarney, Renan e Collor iriam para a oposição. E com quem se governa e se negocia? Com Lula e Fernando Henrique. Temos todo o interesse em ter os dois como aliados em projetos que interessem o País”, afirmou. 

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Ele ressaltou ainda que não será preciso uma nova “Carta ao Povo Brasileiro”, como a que Lula apresentou na campanha de 2002, uma vez que não há o temor em relação a Marina como havia com o PT. “Agora, qualquer reforço de credibilidade e de confiança será bem-vindo”. 

Esta não é a primeira sinalização de Marina a outros partidos. Vale ressaltar que Marina, no último sábado, disse que, se eleito senador, o ex-governador paulista José Serra “não vai faltar” a seu governo, caso venha a comandar o Palácio do Planalto. Marina, contudo, não deixou de lado o petista Eduardo Suplicy.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.