“Guru” destaca emergentes favoritos para investir: Brasil está entre eles, mas sem Dilma

Gestor Mark Mobius, presidente executivo da Templeton Emerging Markets considerado o guru dos emergentes, destaca que uma nova administração tornaria o Brasil mais favorável a investimentos e negócios

Lara Rizério

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SÃO PAULO – De acordo com um dos maiores investidores do mundo e considerado o “guru dos emergentes”, cinco dos países considerados pouco favoráveis para se investir podem estar prontos para uma recuperação.

Em entrevista ao jornal Wall Street Journal, Mark Mobius, presidente executivo da Templeton Emerging Markets e que tem US$ 48 bilhões sob gestão, cinco nações “improváveis” parecem mais promissoras para os investidores: Indonésia, Rússia, Vietnã, África do Sul e o Brasil estão entre as apostas.

No caso do Brasil, apontou Mobius, a atratividade se dá por conta do potencial de mudança política. Perguntado pelo Wall Street Journal sobre eleições no País, que estará no foco do mundo em meio à Copa do Mundo e ainda enfrenta diversos problemas econômicos como inflação e ainda não consegue desenvolver as suas potencialidades, o gestor destacou esperar uma mudança no comando do País.

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“Se você olhar para a popularidade de Dilma, ela está em queda, havendo assim uma grande chance de que ela perca as eleições. Neste caso – e é uma das razões pelas quais eu acredito que haverá recuperação nos mercados, haverá mudanças nas políticas para um ambiente de negócios e investimentos mais favorável”, destacou.

As últimas pesquisas vem apontando que a popularidade de Dilma vem registrando baixa, assim como as intenções de voto na atual presidente, o que tem sido um dos motivos para a alta do Ibovespa. Porém, vale ressaltar que na véspera, o blog do jornalista Ricardo Noblat, do portal O Globo, destacou que a próxima rodada de pesquisas deve mostrar uma estabilidade de Dilma na disputa pela presidência, após suas sucessivas perdas no campo eleitoral. Para Noblat, a possível constatação pode ser encarada como um reflexo das recentes propagandas do PT nos veículos de comunicação, entrevistas concedidas pela presidente, além de inúmeras viagens a estados e a reaparição do ex-presidente Lula ao seu lado.

Sobre os emergentes em geral, Mobius ressaltou que eles estão com desempenho inferior ao de outros ativos, mas também não estão tão baratos. “Não existem pechinchas”.

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Mobius vê crescimento contínuo nos mercados emergentes, mas espera que os frontier markets – mercados também emergentes, mas que não possuem a mesma capitalização e liquidez do que os mais consolidados, como China e Brasil –  continue a superá-los. Porém, estes “mercados de fronteira” oferecem uma “viagem mais atribulada”. 

“Nós estamos vendo a continuidade de uma alta taxa média de crescimento nos mercados emergentes. Os de fronteira estão crescendo muito mais rápido, mas estes são os países que também possuem uma série de problemas”, explicou ao jornal. Mas ele também está confiante de que pode-se encontrar “um monte de oportunidades” por lá. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.