Guedes reconhece tropeços na articulação política do governo: “é do nosso lado que está falhando alguma coisa”

Ministro participa de audiência pública em comissão no Senado Federal um dia após faltar em reunião na Câmara dos Deputados

Marcos Mortari

(Jefferson Rudy/Agência Senado)

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SÃO PAULO – Um dia após faltar em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro Paulo Guedes (Economia) reconheceu, nesta quarta-feira (27), erros na articulação política do governo e disse que tais tropeços têm sido os principais obstáculos enfrentados. O ministro participa de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal.

“Acho que tem havido uma falha dramática. Um governo que entra com aprovação popular enorme, em 60 dias manda uma medida anticrime que prometeu e manda uma previdenciária. Eu acho que é um governo que está trabalhando, que está tentando acertar. E aí, de repente, quando ele parte para as ações no Congresso, o principal opositor dele é ele mesmo?”, indagou.

“Então, está falhando alguma coisa entre nós. É do nosso lado que está falhando alguma coisa. Como foi dito pelo senador Tasso [Jereissati (PSDB-CE)], existe uma boa vontade extraordinária, particularmente aqui, no Senado, e isso tem que ser mobilizado a favor do Brasil e das reformas, não do partido A ou partido B. Agora, realmente é assustador. Ontem, eu tomei um susto também, porque o aviso que tinha era mais ou menos: ‘você foi convocado para ir em um lugar onde não tem nem relator e já está todo mundo preparado para jogar pedra e seu partido vai atirar pedra também’“, completou.

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Ontem, o ministro rompeu com acordo firmado com os deputados ao não comparecer a audiência pública convocada pela CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados, onde tramita a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência. O texto, apesar de apresentado há 35 dias pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), segue sem andar no parlamento.

A ausência de Guedes irritou os parlamentares e acabou provocando um novo adiamento no calendário da reforma previdenciária na comissão. Após uma reunião com o ministro, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da CCJC, informou que a proposta deve ser votada até 17 de abril, duas semanas após a previsão inicial. A oposição pressiona para que sequer o relator seja escolhido até que Guedes participe de audiência pública.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.