Grécia: impasse continua e reestruturação da dívida virá só em 2013, diz JP Morgan

Para analistas, postergação de prazos não resolve o problema e caso ninguém "ceda terreno", região entrará em crise financeira

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SÃO PAULO – A situação fiscal na Grécia tem pressionado a economia europeia de modo geral, além de causar alguns inconvenientes políticos. Um impasse parece estar despontando entre os membros da Zona do Euro quando o assunto é um plano de resgaste à economia grega. Diante desse cenário, o JP Morgan avalia que a reestruturação formal da dívida deverá ocorrer apenas antes do final de 2013. 

O alvoroço surgiu com a carta do ministro das Finanças na Alemanha enviada ao ministro das Finanças do BCE (Banco Central Europeu), onde o alemão demonstra sua posição favorável à iniciativa privada no papel de auxiliadora da Grécia. O discurso do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, porém, mostrou que ele é contra qualquer movimento que não seja voluntário na questão da reestruturação da dívida. 

“Alguém tem que ceder o terreno ao longo dos próximos dias ou a região vai experimentar uma verdadeira crise financeira”, colocou a equipe de analistas composta por Bruce Kasman, David Hensley e Joseph Lupton. Para a equipe do JP Morgan, a Alemanha vai propor uma saída mais realista e a região chegará a um acordo sobre um pacote de financiamento com algumas medidas modestas, contando com envolvimento voluntário do setor privado. 

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Solução não virá agora
Segundo o banco, esse acordo poderá ser atingido na reunião dos membros da Zona do Euro, no próximo dia 20 de junho. Porém, qualquer questão sobre a reestruturação da dívida grega não deverá passar disso, e a situação não deve ser resolvida nas próximas semanas. 

Um novo pacote exigiria um esforço adicional muito grande do governo grego no campo fiscal, contando ainda com um agressivo programa de venda de ativos. Dada a  atual situação política na Grécia, é pouco provável que isso seja viável nos próximos seis ou doze meses. E se a Grécia não cumprir com os objetivos desse novo programa, o debate voltará para o nível onde está atualmente, sem perspectivas de solução no curto prazo.

A probabilidade é que essa reestruturação formal da dívida ocorra antes do final de 2013, conforme já avaliado anteriormente pelo banco. Os analistas acreditam que haverá algum tipo de extensão de prazo para o primeiro o primeiro semestre de 2012. Ainda assim, o problema da Grécia não estará resolvido. “É outra maneira de ganhar tempo e tentar incentivar a Grécia fazer mais ajustes, a fim de evitar que uma reestruturação da dívida mais agressiva ocorra mais tarde”, afirmam os analistas. 

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