Grécia: crises política e econômica levam primeiro ministro a reformar governo

Em busca de apoio do parlamento, George Papandreou anunciou a criação de um novo gabinete; protestos ameaçam pacote fiscal

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SÃO PAULO – Enfrentando uma onda de protestos e ameaçado pela falta de apoio no parlamento, o primeiro ministro da Grécia – George Papandreou – anunciou na noite da última quarta-feira (15) a reformulação do governo com a formação de um novo gabinete.

Mais que uma simples reforma ministerial, a medida coloca sua própria liderança do governo em risco, pois a desaprovação do parlamento pode significar uma mudança mais radical no quadro político.

“Os problemas da Grécia e a crise da dívida soberana na Zona do Euro atingiram um novo patamar”, avaliou a equipe econômica do Société Générale.

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Operação de risco
Enquanto milhares de pessoas protestavam contra o projeto de ampliação do ajuste fiscal, chegando a embates violentos com a polícia do lado de fora do parlamento grego, Papandreou ofereceu até mesmo sua renúncia como moeda de troca pelo apoio de partidos oposicionistas às medidas.

“Isto parece ser um último esforço de Papandreou para salvar a situação, pois sua maioria parlamentar sofreu erosão e a oposição ameaça renegar as condições acordadas quando o acordo com o FMI foi assinado em maio de 2010”, disse o economista do Société Générale, Vladimir Pillonca.

Desconfiança
Após a formação de um novo gabinete, o premiê buscará o voto de confiança do parlamento. O instrumento é parte fundamental do regime parlamentarista e demonstra que o governo possui sustentação política. A aprovação de um voto de desconfiança, por sua vez, pode levar à convocação de novas eleições.

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“Crescem as dúvida sobre a capacidade da Grécia em cumprir sua parte, obtendo um apoio suprapartidário às medidas de consolidação fiscal”, avalia Allan von Mehren, analista-chefe do Danske Bank. “O voto de confiança será crítico para determinar o curso para os mercados”, completou.

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