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SÃO PAULO – “A Grécia jamais deveria ter entrado, mas a Zona do Euro é o Hotel California. Você pode entrar mas nunca pode sair”, crivou o economista do UBS, Paul Donovan, em alusão à música da banda Eagles, para afirmar que os custos do país abandonar a moeda seriam incrivelmente superior à uma reestruturação.
O primeiro país dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) a ser resgatado volta ao foco do mercado com a possibilidade de default tanto do governo quanto de coporações locais.
Inicialmente tido como rumor, a infomação ganhou força após o país reconhecer que talvez necessite de novo auxílio externo, o que foi acompanhado pela redução de seu rating pela Standard & Poor’s, de “BB- para B”, com perspectiva negativa.
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“Esta revisão vem de encontro ao fato de que o país não conseguiu até o momento cumprir com as metas ambiciosas condicionas com as autoridades da Zona do Euro para receber o aporte de recursos”, comenda Julio Hegedus, da Interbolsa.
Risco de colapso expõe gravidade
Segundo Donovan, a gravidade da situação é alta e tem feito inclusive com que seja ventilado um cenário inacreditável para ele – de perda de credibilidade da Zona do Euro. Este “é um sinal de que não existe convergência macro nesta região. Cada país vive com suas peculiaridades e vicissitudes próprias”, completou Hegedus.
Resgate já estaria a caminho
Dessa forma, um novo plano de resgate já começa a ser debatido, através do qual a Grécia poderá receber mais € 20 bilhões ou € 25 bilhões como auxílio, e como contrapartida o país deverá “acelerar seus planos de privatização, para garantir que a Grécia não precisará ir ao mercado de títulos até 2013”, estima o economista do UBS.
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Grandes bancos estão seguros?
Quanto aos impactos para o resto da região, em especial para o sistema financeiro, o CEO (Chief Executive Officer) do Socitété Générale, Frédéric Oudéa, afirmou em entrevista à rede CNBC que o setor bancário europeu está apto a absorver uma reestruturação da dívida grega, mas segundo ele, isso não deve ocorrer em breve, dado que “a prioridade é colocar a casa em ordem”, destacou o executivo francês.
Novos testes de stress à vista
A retomada da crise grega ocorre frente à divulgação dos resultados trimestrais dos bancos europeus, o que pode trazer uma nova rodada de testes de stress para o setor, mas Oudéa tenta tranquilizar o mercado ao afirmar que as grandes instituições estão seguras e apenas bancos de menor porte podem ter problemas pontuais.
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