Grécia aceita pacote de € 24 bilhões do FMI e União Europeia, diz Financial Times

Em troca do empréstimo, o país teria concordado em congelar salários públicos e aumentar um dos impostos sobre o consumo

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SÃO PAULO – De acordo com o jornal britânico Financial Times, a Grécia aceitou um pacote de austeridade no montante de € 24 bilhões. Em contrapartida ao empréstimo dado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e UE (União Europeia), o país teria concordado com um plano de congelamento de salários para servidores públicos por três anos.

O pacote que busca reduzir o déficit orçamentário a 10% ou 11% do PIB (Produto Interno Bruto) também incluiria um aumento em um dos impostos sobre o consumo, diz a fonte ouvida pelo FT. As negociações entre representantes do FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu devem ser finalizadas no fim de semana e as medidas serão apresentadas ao parlamento grego na próxima semana.

O país enfrenta um monitoramento bastante severo tanto da União Europeia quanto do FMI, motivado por seu insucesso em implementar programas de reforma econômica anteriores. Os esforços visam evitar atrasos na execução do plano de ajuda e garantir que os esforços anteriores do governo não sejam desperdiçados.

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Servidores públicos
Entre as principais medidas do pacote de austeridade, está o cancelamento do 13º e 14º salários, pagos na Páscoa e no Natal. Cortes em subsídios ainda serão analisados. Andreas Loverdos, ministro dos assuntos sociais, disse ao jornal britânico que pensionistas também perderão bônus sazonais como parte de uma revisão do sistema de pensões. Ele ainda afirmou que a idade média para aposentadoria saltaria de 53 para 67 anos.

O inchado setor público grego, que emprega cerca de 13% da força trabalhadora do país, também será gradualmente reduzido com a diminuição das contratações, a abolição de contratos de curto prazo e o fechamento de centenas de entidades estatais desatualizadas.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, divulgou tais medidas em reuniões com associações de trabalhadores e dirigentes sindicais do comércio. O objetivo é aumentar a competitividade e expandir o trabalho no setor privado, além de implementar um programa de privatizações.

Contexto
Papandreou foi obrigado a ativar o pacote de ajuda de € 24 bilhões depois do fracasso de três planos de recuperação econômica anteriores. Os mercados financeiros acreditavam que a Grécia não tinha como manter suas finanças sobre controle.

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