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SÃO PAULO – O governo de Michel Temer tem receio de que as manifestações populares possam ganhar ainda mais corpo a partir do momento em que as reformas da Previdência e trabalhista forem apresentadas, de acordo com avaliação de integrantes do Palácio do Planalto para o jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, a avaliação é que estes temas podem acabar virando uma pauta comum entre grupos ligados ao PT, movimentos de esquerda e a parte da população que não tem ligações com eles, mas que poderá acabar aderindo às manifestações. Isso pode ocorrer a partir do fim do mês, quando o governo irá enviar ao Congresso a reforma trabalhista.
O PT tem buscado ecoar o discurso de que essas reformas vão tirar direitos dos trabalhadores; para combater a estratégia da oposição, o governo lançará uma grande campanha publicitária para esclarecer as pessoas sobre os principais pontos da reforma da Previdência. A campanha deverá ser lançada a partir do dia 20 e buscará mostrar que o sistema não se sustenta mais, sendo necessária uma reestruturação para que as futuras gerações também se beneficiem.
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Ainda sobre as manifestações, vale destacar ainda a coluna de Mônica Bergamo, do mesmo jornal, que ressalta a avaliação do Planalto de que o governo Temer perdeu o “timing” para rebater o termo “golpista”, que é usado pela oposição para classificar o presidente e todos os que apoiaram o impeachment. A conclusão é de pesquisas que a própria equipe de comunicação da administração federal usa para balizar suas iniciativas. Agora, o termo já teria “colado” e já é tarde para rebatê-lo.
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