Governo não pode se “acomodar” com bom resultado do PIB no primeiro ano, diz Alckmin

"A bolsa subiu, o PIB subiu, o emprego subiu, e o dólar e a inflação caíram", comemorou o vice-presidente da República

Estadão Conteúdo

Brasília (DF), 06/07/2023 - O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, durante entrevista coletiva após reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta sexta-feira (1º) que o cenário da economia é positivo, após o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ter registrado crescimento de 2,9% no ano passado.

A declaração foi dada em entrevista coletiva, depois de Alckmin ter participado da reunião do Conselho de Administração da Suframa.

Assim como outros integrantes do governo, o vice-presidente lembrou que as expectativas iniciais para a alta do PIB em 2023, inferiores a 1%, eram muito mais baixas do que o resultado final.

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Alckmin citou uma série de indicadores que registraram melhora durante o ano passado, como a queda da inflação, do risco-Brasil e do desemprego. “Risco Brasil, que era 254, caiu para 128. A inflação, que era quase 6%, caiu para 4,5%, dentro do teto da meta. A bolsa subiu, o PIB subiu, o emprego subiu, e o dólar e a inflação caíram”, comemorou Alckmin.

O ministro da Indústria ainda destacou o desempenho da balança comercial brasileira, que, segundo ele, em nível de exportação, cresceu dez vezes mais que a média mundial. “No comércio exterior, o volume cresceu 0,8%. No Brasil, cresceu 8,5% em volume”, disse.

Alckmin ponderou, no entanto, que esse cenário não deve levar o governo a se “acomodar”, mas a trabalhar mais para atrair investimentos e melhorar a produtividade.

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Nesse sentido, Alckmin citou iniciativas de seu ministério, como o programa de depreciação acelerada, que visa a incentivar a compra de maquinário pela indústria, e a proposta de criação de uma Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), objeto de um projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso no fim do ano passado.

“Vamos ter linha de crédito para indústria, LCD, dinheiro mais barato, porque na letra de crédito reduz imposto de renda”, comentou Alckmin, lembrando ainda dos recursos reservados para pesquisa e inovação.