Governo Lula estuda criação de Ministério da Segurança Pública no próximo ano

Nova pasta teria como objetivo aplacar cobranças à gestão de Lula por uma atuação mais direta na área

Agência O Globo

Presidente Lula em reunião do G20 em Johanesburgo
23/11/2025
REUTERS/Esa Alexander
Presidente Lula em reunião do G20 em Johanesburgo 23/11/2025 REUTERS/Esa Alexander

Publicidade

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute internamente a viabilidade de criar o Ministério da Segurança Pública no próximo ano. Além de cumprir uma promessa feita na campanha de 2022, a implantação da pasta seria uma forma de dar resposta para a população em um dos temas em que a gestão petista é mais mal avaliada.

Alguns integrantes do primeiro escalão dizem que o martelo já foi batido. Outros, porém, afirmam que ainda não há uma definição por parte de Lula.

Um grupo de auxiliares do presidente considera que, apesar de necessário, o Ministério da Segurança Pública não deveria ser implantado agora porque a nova pasta teria pouco tempo para apresentar resultados concretos até a eleição de outubro. Também argumentam que a nova estrutura faria com que o governo passasse a ser cobrado mais diretamente pelos problemas da área.

Continua depois da publicidade

Responsável por coordenar as ações entre os ministérios, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, era um dos que apresentava internamente essa posição. Porém, segundo aliados, já se convenceu de que a pasta será criada por Lula. A definição por parte do presidente deve acontecer até janeiro.

A segurança pública brecou a melhora na popularidade de Lula que vinha sendo registrada em pesquisas da Quaest desde julho. A aprovação do governo, que era de 48% em outubro, oscilou para 47% no levantamento de novembro. A desaprovação foi de 49% para 50%.

O instituto atribuiu os números à preocupação com a segurança pública despertada pela operação policial no Rio de 28 de outubro, que deixou 122 mortos. Entre outubro e novembro, o percentual de brasileiros que colocam a violência como maior preocupação cresceu de 30% para 38%.