Governo Federal não quer proibir greves no Brasil, afirma Luiz Marinho

De acordo com o Ministro do Trabalho, objetivo é o de atender reivindicação histórica das centrais sindicais

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – De acordo com Luiz Marinho, Ministro do Trabalho, a intenção do Governo Federal não é a de restringir o direito à realização de greves no país. Marinho veio a público depois das declarações “ambíguas” de Paulo Bernardo, Ministro do Planejamento, acerca do assunto.

Na semana passada, Paulo Bernardo disse que o governo estuda enviar ao Congresso Nacional um pedido de ratificação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que regulamenta a negociação coletiva no serviço público.

Erro de interpretação

Na ocasião, Paulo Bernardo afirmou que “a constituição diz que o servidor tem direito de fazer greve, mas temos que preservar os interesses do cidadão. Tem que se ter limite”.

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Tais palavras soaram como uma ameaça ao direito de se realizar greves no Brasil. “A fala do ministro Paulo Bernardo foi interpretada como uma intenção do governo de limitar, mas não é nada disso. O governo caminha para atender uma reivindicação histórica das centrais sindicais em relação aos servidores públicos”, afirmou Luiz Marinho nesta quarta-feira (07).

Na opinião do ministro, proibir as greves não resolveria o problema já que as paralisações têm como causa a ausência de uma solução trabalhista. “O caminho é regulamentar para fortalecer o processo de negociação”, completa ele.

Contradições

Apesar das afirmações de Luiz Marinho nesta tarde, o próprio ministro disse, na última terça-feira, que apóia a proposta do governo Lula de regulamentar o direito de greve do funcionalismo e de definir os deveres da categoria numa paralisação, o que incluiria proibir a interrupção de serviços essenciais.

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) reagiu imediatamente às declarações de Luiz Marinho. “Nós achamos a atitude do ministro um desastre. Pelo fato de ter sido sindicalista, discutir a restrição às greves se torna um absurdo”, afirmou Wagner Lino, vice-presidente da CUT.

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