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O Brasil condenou nesta segunda-feira (22), em comunicado assinado por vários ministérios, os ataques racistas que o atacante brasileiro Vinícius Jr. têm sofrido na Espanha e pediu ao governo espanhol e às autoridades esportivas do país europeu que punam os envolvidos.
Os Ministérios das Relações Exteriores, da Igualdade Social, da Justiça e Segurança Pública, do Esporte e dos Direitos Humanos e da Cidadania assinaram a nota de forma conjunta.
“Tendo em conta a gravidade dos fatos e a ocorrência de mais um inadmissível episódio, em jogo realizado ontem, naquele país, o governo brasileiro lamenta profundamente que, até o momento, não tenham sido tomadas providências efetivas para prevenir e evitar a repetição desses atos de racismo”, disse o comunicado.
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O governo ainda convocou a embaixadora da Espanha em Brasília nesta segunda-feira para explicar a situação após o último incidente no domingo, quando insultos racistas foram feitos contra o jogador do Real Madrid pela torcida do Valencia.
Vídeos publicados nas redes sociais e verificados pela Reuters mostraram centenas de torcedores do Valencia cantando “Vinícius é um macaco” enquanto o ônibus do Real Madrid chegava ao estádio antes da partida de domingo.
O jogo foi interrompido por 10 minutos depois que o atacante de 22 anos, vice-artilheiro do Real Madrid em todas as competições nesta temporada, apontou para torcedores que teriam feito comentários racistas contra ele. Mais tarde o jogador foi expulso por uma briga nos minutos finais da partida.
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A secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, Maria Laura da Rocha, lamentou os repetidos ataques racistas ao jogador.
“Vinícius Jr. recebeu cartão vermelho por não aguentar tudo isso. O cartão vermelho deveria ter sido dado ao racismo”, disse ela em seminário sobre as relações do Brasil com países africanos.