Google derrota Aécio em ação para impedir que nome de tucano seja ligado a corrupção

Juiz diz que punir quem dá acesso a informações é prática digna do fascismo, do comunismo ou do nazismo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Depois de uma luta judicial que já durava dois anos, o senador Aécio Neves (PSDB) perdeu a ação na qual tentava impedir que sites de busca como Google, Yahoo e Bing relacionassem o seu nome a termos como “desvio” de recursos em Minas Gerais. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o processo faz parte da ofensiva do tucano para neutralizar seus detratores nas redes sociais antes da campanha presidencial de 2014. 

Comparando a rede a uma biblioteca, o juiz Rodrigo Garcia Martinez, do Tribunal de Justiça de São Paulo, disse que quando o conteúdo de um livro é “apto a cometer ilícito”, o autor é quem deve responder judicialmente e não o bibliotecário. Na opinião do jurista, punir quem dá o acesso à informação é prática “fascista, comunista ou nazista”. 

Os advogados do senador procuravam desvincular Aécio de notícias que o acusavam de ser réu em um processo de desvio de R$ 4,3 bilhões na Saúde durante seu mandato como governador do estado de Minas Gerais entre 2003 e 2010. Apesar de reconhecer as informações como falsas, o juiz disse que não é justo acionar os sites de busca em vez de procurar os próprios autores das notícias. 

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A assessoria de imprensa do senador disse à Folha que vai recorrer da decisão e que as notícias foram espalhadas por uma “quadrilha virtual abastecida com recursos públicos” para difama-lo. Segundo os advogados, o pleito de Aécio não é excluir os conteúdos da internet, mas remover os links que direcionam os usuários a eles nos sites de busca. 

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