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A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu, nesta quarta-feira (12), a pesquisa de recursos petrolíferos na Margem Equatorial, região localizada na Amazônia. Segundo Gleisi, a expansão da exploração de petróleo é uma “obrigação” para o Brasil, considerando o potencial da área e a necessidade de garantir a segurança energética do país.
“A região petrolífera na Margem Equatorial tem um potencial já demonstrado pelos países vizinhos, que já trabalham na área. A pesquisa desses recursos é essencial para um país que busca a segurança energética, ao mesmo tempo em que incentiva a transição energética”, afirmou Gleisi em postagem no X (antigo Twitter).

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A ministra ressaltou que, em termos de preservação ambiental, o governo Lula tem demonstrado compromisso, e a Petrobras é uma das empresas mais conscientes sobre esse tema. “Nenhum outro presidente tem tanto compromisso com a preservação ambiental como Lula, e nenhuma empresa de óleo e gás é mais consciente disso do que a nossa Petrobras”, completou.
A decisão sobre a exploração de petróleo na área depende do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do qual o Ministério do Meio Ambiente tem assento. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a decisão será técnica e não política.
Recentemente, o Ibama aprovou o plano da Petrobras para realizar a limpeza de uma sonda da Foz do Amazonas e perfurar o bloco FZA-M-59, um passo importante para as pesquisas exploratórias. O governo estima que a região possa ter até 10 bilhões de barris de petróleo, embora, em 2023, o Ibama tenha negado autorização para atividades petrolíferas na área.
Tema controverso
Apesar das expectativas de exploração, especialistas ambientais expressam preocupações sobre os impactos negativos da atividade na biodiversidade da região.
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A pesquisa exploratória pode gerar grandes riscos, como a destruição dos manguezais e recifes, perturbações causadas por equipamentos e potenciais vazamentos de petróleo. Além disso, a introdução de espécies exóticas por plataformas e navios de outras regiões pode afetar negativamente as espécies locais.
Embora a Petrobras tenha perfurado 94 poços na Foz do Amazonas, apenas 2% deles resultaram em descobertas de petróleo, com quantidades pequenas que não justificaram a produção.
Além dos riscos ambientais, a exploração petrolífera também levantaria questões sobre impactos socioeconômicos para a população local, com a possibilidade de violência e redução das condições de trabalho na região.