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SÃO PAULO – Na próxima quarta-feira (15) a presidente Dilma Rousseff deverá apresentar um grande pacote de incentivo ao investimento em infraestrutura no Brasil, o que beneficiaria diretamente a Gerdau (GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4), afirma a equipe do Deutsche Bank.
Segundo veiculado pela imprensa nacional, a presidente Dilma Rousseff anunciará nesta quarta-feira um plano para transferir à iniciativa privada a concessão de rodovias, ferrovias e obras em portos e aeroportos, o que deverá totalizar investimentos de R$ 90 bilhões pelos próximos cinco anos. A esse valor ainda se somam a construção de três novos portos e o destravamento de recursos para o aporte em portos já existentes. Com isso, o pacote deve chegar a um total de R$ 100 bilhões.
“Precisamos ampliar nossas ferrovias e hidrovias que, em um país continental como o Brasil, são excelentes alternativas de transporte de passageiros e cargas, mas precisamos também investir em rodovias, aeroportos e portos, pois esses modais se completam”, disse Dilma nesta quarta-feira, na coluna Conversa com a Presidenta.
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Durante o pregão, as ações da Gerdau chegaram a avançar 3,59%, para R$ 20,50, enquanto as da Metalúrgica Gerdau valorizaram até 4,33%, para R$ 26,05, apesar delas já inverterem a trajetória e se aproximarem do campo negativo.
Entre as outras siderúrgicas, os papéis da Usiminas (USIM3, USIM5) seguem a mesma trajetória e também mostraram forte alta, em cerca de 4,5%, para então perder força, assim como os da CSN (CSNA3) chegaram a avançar 3,0% e já estão em queda. Por sua vez, o Ibovespa cai 1,22%, segundo cotação das 16h23 (horário de Brasília).
Gerdau: a mais beneficiada
O plano traz um reflexo claro para algumas empresas da bolsa, já que mais infraestrutura significa mais consumo de aço. “Considerando que os gastos em infraestrutura necessitam de oito a dez vezes mais consumo de aço, nós acreditamos que isso seria um catalisador positivo para o setor [siderúrgico] e, se confirmado, a Gerdau seria a ação mais beneficiada”, escrevem em relatório Rodrigo Barros e Leandro Cappa, analistas do Deutsche Bank.
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Entre as siderúrgicas, o setor de aços longos – no qual a Gerdau atua e é a única com foco para o segmento na bolsa – deve captar os maiores ganhos deste pacote. Isso porque os bens de capital, a construção e os tubos, que respondem pela maior parte dos gastos em infraestrutura, representam 78% do consumo de aço longo no Brasil. Em aços planos, a porcentagem é de 49%, mostram os analistas do Deutsche.
Um novo momento
Portanto, Barros e Cappa preveem que esse pacote do governo pode criar um ponto de virada para as siderúrgicas. “Nossa visão é que isso [o pacote] criaria uma tendência positiva de muitos anos para a demanda de aço longo no Brasil e reduziria a percepção de risco em torno do setor e do país.” Entretanto, eles lembram que a implantação do programa pode levar alguns anos para começar a ganhar tração.
Com isso, a equipe do Deutsche Bank reiterou a recomendação de compra para Gerdau, já que, além da demanda que esse programa de concessões pode gerar, há a expectativa de que ela se beneficie de uma potencial parceria nos ativos de minério de ferro.
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