Gabinete de Rodrigo Janot sabia de ligação de ex-procurador com a JBS

Segundo investigadores da PF, há evidências em mensagens trocadas por Miller com a cúpula da empresa, em um grupo de WhatsApp com os Batista e diretores

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O gabinete do procurador-geral Rodrigo Janot tinha conhecimento que o ex-procurador Marcelo Miller trabalhava para a JBS e vinha atuando indiretamente no acordo de delação premiada firmado pela cúpula da empresa. Essa é a leitura que fazem membros da Polícia Federal, encarregados da investigação sobre o uso de informação privilegiada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista para manipular o mercado. As informações são do site da revista Veja.

Segundo a reportagem, há evidências em mensagens trocadas por Miller com a cúpula da empresa, em um grupo de WhatsApp com os Batista e diretores. Os registros dos contatos mostram uma real orientação de qual seria a melhor maneira de proceder nas tratativas com o gabinete de Janot, caso em que Joesley havia sido convocado para prestar depoimento mesmo antes de os detalhes do acordo de delação premiada ser concluído.

Para os delegados da PF, as conversas obtidas mostram que o gabinete de Janot sabia da ligação entre Miller e a JBS. “Tais mensagens revelam que membros da Procuradoria Geral da República tinham ciência de que Marcelo Miller estava atuando de forma indireta nas negociações da delação premiada no dia seguinte à sua saída efetiva do órgão”, diz documento entregue à Justiça Federal de São Paulo, obtido pela reportagem da Veja.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.