G-20 promete ajuda forte e coordenada para solucionar crise

Grupo divide responsabilidades e promete ação audaciosa; por sua vez, Dilma diz que país só ajudará se Europa definir metas

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – O G-20, o grupo das vinte economias mais fortes do mundo, divulgou na noite de quinta-feira (22) comunicado oficial prometendo uma resposta “forte e coordenada” à crise e mostrando-se determinado a “sustentar o crescimento”.

A declaração não era esperada para a quinta-feira (22), uma vez que o Grupo se reúne nesta sexta-feira (23) em Washington, mas o ministro francês das Finanças, Francois Baroin, destacou a importância da situação e o desejo compartilhado de dar uma resposta coletiva diante da turbulência dos mercados.

Segundo matéria publicada na Agencia France Presse, os representantes destes países temem a intensificação dos riscos sobre as dívidas soberanas, a fragilidade do sistema financeiro, as turbulências do mercado, o fraco crescimento econômico e um desemprego inaceitavelmente alto.

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Os ministros das Finanças do G-20 prometeram apoiar as instituições financeiras, garantindo que os bancos tenham o capital adequado, com os bancos centrais mantendo a liquidez necessária e políticas monetárias visando a estabilização dos preços e a retomada do crescimento econômico.

“Estamos tomando ações fortes para manter a estabilidade financeira, restaurar a confiança e apoiar o crescimento. Vamos garantir que os bancos estejam adequadamente capitalizados e tenham suficiente acesso ao financiamento para enfrentar os atuais riscos e para implementar completamente o Basel III dentro dos cronogramas acertados”, disseram, segundo a agência.

O comunicado também assinala a necessidade de adoção “de planos de consolidação fiscal críveis”, sendo que o plano de ação estará pronto para a Cúpula do G-20 na cidade francesa de Cannes, nos dias 3 e 4 de novembro.

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Por sua vez o Brasil…
Também na véspera, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil só participará de um eventual socorro à Grécia depois que os países emergentes e as nações desenvolvidas chegarem a um consenso sobre que medidas serão adotadas para resolver a crise econômica na Europa.

Em Nova York, onde concedeu entrevista coletiva, Dilma defendeu uma saída política para o problema antes da injeção direta de recursos financeiros no fundo de estabilização da zona do euro.

Para a presidenta, o Brasil pode usar parte das reservas internacionais para ajudar os países europeus com problemas de endividamento público. “Não é esse o problema [pôr dinheiro das reservas internacionais no fundo de estabilização]. Faremos qualquer medida que o mundo reparta entre si, desde que fique claro qual é caminho que querem adotar”, explicou.

No entanto, a participação brasileira nos esforços coordenados somente ocorrerá após definido o papel do país e das nações emergentes na ajuda, revelou Dilma, que também destacou que a prioridade do Governo brasileiro consiste na saída política. “Nunca nos recusamos no passado a participar com recursos financeiros. Neste momento, estamos dispostos a participar com recursos políticos”, declarou.

Dilma também declarou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está monitorando as condições econômicas do Brasil e do exterior. Ela assegurou que o governo não tomará nenhuma medida “inusual” para manter a estabilidade da economia brasileira, mas não explicou qual será a orientação a ser seguida caso os efeitos da crise econômica externa tenham reflexos no Brasil.

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