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SÃO PAULO – A saída de Nelson Barbosa como secretário-executivo do Ministério da Fazenda na última semana gerou desconforto nos mercados internacionais. De acordo com matéria do Financial Times, a saída, por motivos pessoais, de Barbosa é mais uma razão para que os investidores fujam de um Brasil que eles já consideram intervencionista.
A saída dele gera preocupações sobre qual rumo o governo de Dilma Rousseff deve tomar. Para o periódico, os investidores colocaram suas esperanças no chamado “modelo Dilma”, focado em uma reforma planejada por um economista treinado e com estilo autoritário, diferente do antecessor, Lula, que tinha um “charme folclórico”.
Porém, até o momento, o desempenho do governo Dilma não tem agradado, com um crescimento lento da economia, muitas intervenções e com gastos cada vez maiores do governo. Uma das dificuldades da presidente neste momento é como reviver o interesse dos investidores, principalmente em um momento em que o México tem ganhado destaque entre os mercados internacionais.
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Ainda há esperança
De acordo com o FT, a descrença com o País começou quando o governo forçou as companhias elétricas a reduzirem os preços com o risco de perderem suas concessões. E agora, com a saída de Barbosa, o jornal diz que aumenta a chance da presidente de transformar o setor em algo pequeno.
Um analista que não quis se identificar afirmou que Dilma “deveria assumir a presidência e aprender a ser uma presidente e não ensinar os ministros quais cores eles devem usar em seus powerpoints”.
Porém, mesmo com o fraco crescimento do Brasil em 2012, a presidente ainda tem bastante apoio entre a população. De acordo com uma pesquisa do Ibope, realizada em março, Dilma Rousseff deve ter 76% dos votos na próxima eleição. Um dos pontos positivos destacados é a manutenção do baixo nível de desemprego, com proteção à indústria e estímulo do consumo.
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Além disso, as concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos, além do leilão de blocos de petróleo realizado na última semana, têm favorecido o setor privado. Para Luciano Coutinho, presidente do BNDES, estes programas estão definindo a economia para “não apenas uma retomada do crescimento, mas também um crescimento que será capaz de melhorar a eficiência da economia como um todo”.
Mesmo com a queda do interesse do investidor estrangeiro, analistas acreditam que o País deve voltar a “brilhar”. Para Christopher Garman, do Eurasia Group, “a opinião é que as condições de mercado continuarão a apertar, e a política vai ser empurrada em uma direção mais construtiva”.
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