Forbes diz que preços da gasolina no Brasil são “loucos” – mas investidores da Petrobras estão rindo

Publicação americana aponta que os preços dos combustíveis estão ridiculamente altos no Brasil, ainda mais nestes anos de recessão econômica

Lara Rizério

(Foto: Bloomberg)

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SÃO PAULO – Em matéria da última segunda-feira (26), a Forbes classificou a política de preços praticada pela Petrobras (PETR3;PETR4) – agora acima das cotações internacionais – como “louca” e aponta que a estatal não deve reduzir o preço das gasolinas em breve. “Investidores: felizes; consumidores brasileiros: nem tanto”. 

O colunista Kenneth Rapoza destaca a entrevista do último final de semana do diretor de refino e gás da Petrobras, Jorge Celestino, para o jornal Folha de S. Paulo, em que ele aponta que os preços praticados hoje pela estatal são “justos” – embora estejam entre 30% e 40% acima do mercado internacional. Rapoza ressalta, ainda, que os brasileiros pagam quase o dobro em um galão de gasolina se comparados aos cidadão da cidade de Nova York. 

“Os brasileiros, que possuem menos da metade da renda mediana dos americanos, pagam R$ 3,65 por litro de gasolina. Um galão tem aproximadamente quatro litros, então R$ 3,65 X 3,7 litros = R$ 13,50 por galão de gasolina, o que é US$ 4,16. Americanos não pagam tanto por gasolina desde 2010”. Por outro lado, destaca Rapoza, Celestino ressalta que a Petrobras não vê necessidade de reduzir preços.

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A Petrobras anunciará sua política de preços no final do ano; os brasileiros vêm pagando mais pela gasolina há muito tempo, aponta a Forbes, apesas das descobertas de petróleo da estatal em águas profundas. A publicação ainda destaca que o Brasil não é conhecido por ser uma “meca da refinaria”. Ou seja, tem muitas vezes que enviar o petróleo para o exterior para transformá-lo em gasolina, mantendo os preços ridiculamente altos, ainda mais nestes anos de recessão econômica. 

“Os investidores sempre se queixaram sobre o fato do governo mantém os preços da gasolina muito baixo. No entanto, a Petrobras cobra mais pela gasolina do que os americanos pagam. A cadeia de fornecimento é relativamente medíocre e os impostos elevados mantêm a gasolina e o diesel brasileiros não competitivos”, aponta ele. Por outro lado, a estatal quer abrir o mercado para as suas refinarias, possivelmente vendendo-as como parte do programa de desinvestimentos, ressalta a publicação. Ela lembra ainda que a Petrobras estava construindo duas refinarias – mas a corrupção que assolou a companhia levou a um grande superfaturamento das obras. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.