Focus chama a atenção de analistas pela redução do PIB para 2011 e 2012

Desaceleração da economia deve contribuir para futuras quedas da projeção; queda da Selic para 2012 é considerada precitada

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – O destaque, segundo analistas, da última edição do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (29), foi a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) tanto para este ano como para 2012.

“As reduções do PIB para 2011 e 2012 aconteceram após declarações do Ministro [da Fazenda] Guido Mantega e da presidente Dilma, que reduziram a projeção do PIB para 4%, além do próprio cenário externo negativo”, avaliam os economistas da Rosenberg Consultores Associados.

Na última previsão do relatório, o PIB 2011 passou de 3,84% para 3,79%, redução acumulada 0,17 pontos percentuais nas últimas 4 semanas. Já para 2012 a projeção caiu para 3,90%, após um longo período em 4%.

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“Em contraste com a evolução das expectativas de inflação, a projeção mediana de crescimento do PIB em 2011 continuou sendo ajustada para baixo”, avalia a LCA Corretora.

Segundo a corretora, os indícios mais consistentes de desaceleração da atividade doméstica, atestado pelo desempenho recente do IBC-Br, e a maior probabilidade de um cenário de “duplo-mergulho” da economia internacional deverão continuar contribuindo para novos ajustes baixistas nas expectativas de crescimento.

Selic
O relatório por sua vez, segue com a projeção de 12,50% para a Selic em 2011, indicando que avaliação sobre os próximos passos da política monetária foi mantida. “O mercado continua apostando que o Copom encerará o atual ciclo de alta da Selic na reunião desta semana (marcada para os dias 30 e 31). Não obstante, o consenso antecipou a expectativa de redução da taxa básica para outubro de 2012, projetando queda de 0,12%”, ressaltam os analistas da LCA.

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O time da corretora acredita ainda que diante do quadro externo incerto e o aparente conforto do BC com as perspectivas para a inflação, é bastante provável que o juro permaneça estável na reunião desta semana. Ainda assim, segundo eles, o quadro inflacionário segue bastante desafiador, sobretudo se a economia mundial não colapsar, hipótese que, apesar dos riscos, parece ainda a mais provável para a equipe de analistas.

“Portanto, também avaliamos como precipitada a aposta embutida nas taxas de juros de queda da Selic. A persistente deterioração das expectativas de inflação e os dados mais recentes da PME confirmando a resistência do mercado de trabalho exigirão cautela adicional por parte do BC, e não validam uma inversão na trajetória da política monetária”, conclui a LCA.

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