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O presidente do PP, Ciro Nogueira, afirmou nesta segunda-feira, 8, ser amigo de Flávio Bolsonaro (PL), mas ponderou que “política não se faz só com amizades” e que é necessário haver uma conversa entre os partidos do centro e da direita para que a escolha não seja feita só pelo PL. A declaração vem dias depois de o senador Flávio Bolsonaro (PL) anunciar a intenção de entrar no pleito.
“O senador Flávio é um dos melhores amigos que tenho na minha vida pública. Se eu tivesse que escolher pessoalmente um candidato para suceder Bolsonaro, não tenho a menor dúvida de que seria Flávio, pela minha relação com ele. Só que política não se faz só com amizades, se faz com pesquisas, com viabilidade, ouvindo os partidos aliados. Isso não pode ser só uma decisão do PL, precisa ser uma decisão construída”, disse Ciro a jornalistas no Paraná. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo e confirmada pela Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Ciro Nogueira reafirmou que nomes como o dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), poderiam unificar os campos do centro e da direita, mas admitiu que as possibilidades podem mudar e que pode ser “convencido”: “Já tinha externado anteriormente: os dois candidatos que poderiam unificar essa chapa eram os nomes do governador Tarcísio, que era o mais forte, ou do governador Ratinho, mas a política é como nuvem”.
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Ciro disse que, se não houver uma união entre o centro e a direita, há risco de derrota para o grupo que se opõe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente do PP falou ainda que ouvirá Flávio em reunião marcada para esta noite para entender os motivos que o levaram a anunciar seu nome.
“É muito importante nós unificarmos todo o campo político de centro e da direita, porque, senão, não vamos ganhar a eleição. Estarei reunido hoje [segunda] com ele [Flávio] na sua casa para ouvi-lo, o que ele pensa, para que a gente tome a decisão”, disse.
Flávio anunciou na última sexta-feira, 8, que recebeu o aval de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para concorrer à Presidência e ser o nome do bolsonarismo na disputa. No mesmo dia, integrantes da família Bolsonaro, como Eduardo e Michelle, foram às redes sociais defender a escolha. No fim de semana, o “filho 01” de Bolsonaro disse à TV Record que o “preço” para não continuar com a sua pré-candidatura é ter a liberdade de seu pai, com o nome dele nas urnas.