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SÃO PAULO – A Fitch Ratings não vê grandes mudanças na classificação do rating do Brasil após a vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais do último dia 31, entretanto, sugeriu que uma melhora na política fiscal poderá rendundar em uma elevação do rating soberano.
Segundo comunicado revelado nesta quinta-feira (4), nos próximos anos, o país deverá ter como grande desafio uma política fiscal mais austera e a melhora na estrutura das conta públicas, como também já apontou o Standard & Poor’s.
Os analistas do Fitch avaliam que a eleição da candidata do governo não é grande surpresa, muito em função da popularidade de seu principal cabo eleitoral, o Presidente Lula.
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Governabilidade deve ajudar
Também é citado no relatório assinado por Shelly Shetty, Roberto Secemski e Erich Arispe, a chance de maior desenvoltura que próximo governo pode ter quanto à governabilidade, dado à conquista da maioria das cadeiras nas duas casas do parlamento pela base governista.
A Fitch afirma que receberia positivamente sinais prévios de contenções fiscais, manutenção da independência do banco central e da atual política econômica.
Ademais, os analistas também afirmaram estar em busca de sinais relativos a um maior pragmatismo na definição do papel do estado na economia, incluindo a participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no contexto de desenvolvimento do país.
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Em junho deste ano, a Fitch já havia revisado sua perspectiva para a nota de risco do Brasil para cima, reconhecendo o sucesso do País em superar os efeitos da crises global, mantendo políticas de créditos e promovendo o fortalecimento de sua liquidez no mercado internacional.
Ajuste fiscal e investimentos em infraestrutura
Por fim, os especialistas afirmam que no curto prazo o Brasil pode ter sua classificação elevada por medidas políticas que mantenham o equilíbrio econômico e o desenvolvimento sustentado, além de fortalecimento da balança comercial e a implantação de uma política fiscal mais austera.
Caso o novo governo seja capaz de ajustar as contas públicas, aumentando a flexibilidade fiscal, além de pequenas reformas capazes de promover investimentos e desenvolvimento da infraestrutura, o País poderá ter uma elevação de sua classificação de risco.
Principais Agências de Rating
Confira na tabela abaixo como são as notas de longo prazo dentro da metodologia das três principais agências de classificação de risco:
S&P | Moody´s | Fitch | Grau |
AAA AA+ AA AA- A+ A A- BBB+ BBB BBB- |
Aaa Aa1 Aa2 Aa3 A1 A2 A3 Baa1 Baa2 Baa3 |
AAA AA+ AA AA- A+ A A- BBB+ BBB BBB- |
Investimento |
BB+ BB BB- B+ B B- CCC CC C D |
Ba1 Ba2 Ba3 B1 B2 B3 Caa Ca C Wr |
BB+ BB BB- B+ B B- CCC CC C D |
Especulativo |