Fitch prevê dificuldades em aprovação de reformas no próximo governo

Eleição de um Congresso dividido torna difícil a implementação de uma agenda de reformas significativa, diz agência

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SÃO PAULO – O pleito realizado no último domingo trouxe um panorama bastante desafiador para a implementação de uma agenda de reformas significativa no próximo governo, dada a eleição de um Congresso bastante divido, avaliou a agência internacional de classificação de risco Fitch Ratings.

Para a instituição, um prognóstico nebuloso para a adoção de reformas institucionais pró-crescimento, associado ao provável aumento das pressões para um afrouxamento da austeridade fiscal e monetária, pode desacelerar a trajetória do país de melhoria nos indicadores de crédito.

Um ou outro

A agência esclarece que o cenário desenhado serve para os dois candidatos à presidência. Sendo Lula ou Alckmin o eleito no próximo dia 29 de outubro, o próximo presidente terá dificuldades em forma uma coalizão capaz de implantar uma agenda de reformas significativa, afirmou Roger Scher, principal responsável da Fitch para América Latina.

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Dado o peso do PMDB no Congresso, a agência lembrou que o partido poderá ser a chave para a governabilidade entre 2007 e 2010. Contudo, ainda que Lula ou Alckmin consigam o apoio do PMDB, o governo precisará de votos da oposição para conseguir a aprovação de reformas constitucionais.

Política fiscal em foco

A Fitch ressaltou ainda que os gastos públicos foram bastante altos no período pré-eleitoral, tendo crescido cerca de 9,6% no primeiro semestre de 2006. Assim, o próximo governo terá que promover uma contenção dos dispêndios para garantir o alcance da meta de superávit primário de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

Qualquer evento contrário ao cenário de compromisso com a adoção de políticas macroeconômicas sólidas nos próximos anos representará uma deterioração dos indicadores de crédito soberano do país, conclui a Fitch.

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