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SÃO PAULO – Ontem, o jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, protocolou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contudo, os filhos dele criticaram a ação apresentada pelo pai deles na última terça-feira (1) ao Congresso Nacional.
Segundo informa o jornal Folha de S. Paulo, a consultora em planejamento urbano Maria do Carmo Bicudo Barbosa afirmou que seu pai “está no pleno exercício de suas faculdades mentais, mas cometeu um equívoco”. “No momento o país precisa de união para vencer as dificuldades que enfrenta, e não de um pedido de impeachment”, afirmou.
Maria do Carmo ainda contesta a alegação do requerimento de que Dilma tenha responsabilidade nos crimes na operação Lava Jato. “Eu acredito que a presidente Dilma seja honesta e no governo dela há total transparência e liberdade nas investigações da Lava Jato. Em governos anteriores as apurações não ocorreriam da mesma maneira”, disse.
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Já José Bicudo, o mais velho entre os quatro filhos homens de Bicudo afirmou ter ficado chocado com a medida judicial tomado pelo pai. “Não há motivos suficientes para a apresentação de um pedido de impeachment contra a presidente Dilma. Houve açodamento por parte de meu pai neste episódio”, afirmou, continuando: “o ato de meu pai assusta pela trajetória dele, pelo que ele representa na história da democracia do país. Esse ato só acirra os ânimos, em vez de apaziguá-los”.
A filha Maria Lúcia, por sua vez, defendeu a ação do pai, afirmando que “há corrupção demais no País e é preciso adotar medidas fortes para promover mudanças”, destacando que a iniciativa partiu do próprio advogado.
Hélio Bicudo foi vice-prefeito de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy. Ele foi filiado ao PT de 1980 a 2005 e está sem partido desde então. Em 2010, anunciou apoio a Marina Silva e José Serra no segundo turno. Bicudo, de 93 anos, é formado em direito pela USP (Universidade de São Paulo) e foi procurador de Justiça.
Na peça, Bicudo afirma que presidente da República atentou contra a probidade administrativa por “não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados” e por “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.
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