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SÃO PAULO – O último final de semana foi recheado de artigos em que destacam a situação política no Brasil e a corrupção que ganha destaque no noticiário nacional.
Em artigo deste fim de semana publicado nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso fez duras críticas ao atual cenário da política brasileira e comentou o escândalo da Petrobras.
De acordo com o ex-presidente, o ‘propinoduto’ da Petrobras é menor do que o que ele chama de ‘asnoduto’ na companhia, “dos projetos megalômanos e malfeitos”.
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E ainda destacou que Lula é o maior responsável pela corrupção na petroleira. “Embora os diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser penalizados, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política?”.
E concluiu: “é por isso que tenho dito que impeachment é uma medida prevista pela Constituição, pela qual não há que torcer, nem distorcer: havendo culpabilidade, que se puna. Mas a raiz dos desmandos foi plantada antes da eleição da atual presidente. Vem do governo de seu antecessor e padrinho político. O que já se sabe sobre o petrolão é suficientemente grave para que a sociedade repudie as forças e lideranças políticas que teceram a trama da qual o escândalo faz parte. Mas é preciso que a Justiça não se detenha antes que tudo seja posto às claras. Só assim será possível resgatar os nossos mais genuínos sentimentos de confiança no Brasil e no seu futuro”.
Emílio Odebrecht fala sobre pragas da corrupção e má gestão
Em artigo publicado no último domingo pelo jornal Folha de S. Paulo, o presidente do Conselho de Administração S.A. Emílio Odebrecht destacou que a corrupção e má gestão são “duas pragas” das quais o Brasil precisa se livrar. Segundo o executivo, “tanto corrupção como má gestão são ralos por onde escoam riquezas, energia, dinheiro público e valores morais, drenando compromissos, possibilidades e esperanças”.
O executivo da empreiteira, que está sendo investigada na Operação Lava Jato, destaca que “a corrupção é problema grave e deve ser tratado com respeito à lei e aos princípios do Estado democrático de Direito” e ainda destacou os números do balanço da Petrobras que atribuem um valor de R$ 6,2 bilhões às perdas causadas por corrupção e de R$ 44,6 bilhões a erros de gestão.
Ele ainda destacou que a corrupção e a falta de uma agenda de crescimento com desenvolvimento no Brasil estão em voga hoje e afirmou que o indispensável ajuste fiscal deveria ocorrer a partir de uma definição clara de onde o Brasil pretende chegar.
Odebrecht destaca que poucos brasileiros têm noção de quanto uma obra ou investimento são onerados quando paralisados várias vezes durante a sua implementação. “Mobilizam-se trabalhadores, equipamentos, recursos. Depois desmobilizam-se. Aí mobilizam-se novamente, e assim por diante. Quem paga essa conta?”. Odebrecht ainda critica os responsáveis por órgãos de fiscalização entre outros que, “não raro por motivação política ou ideológica” acabam paralisando e adiando projetos.
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