FHC aponta temor para a eleição e sinaliza que PSDB pode apoiar candidato que não seja Alckmin

Em entrevista ao Estadão, FHC sinalizou que Alckmin precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político e de “transmitir uma mensagem“ aos brasileiros 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma defesa enfática do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, de seu partido, o PSDB. 

Contudo, apontou alguns temores. “O meu temor é que não se consiga organizar o centro. É preciso que haja lideranças capazes de organizar. Há o perigo de que um demagogo dê sensação às pessoas de que vão influenciar a favor dos que mais precisam. Mas acredito que dá tempo de organizar o centro”, afirmou.

Segundo ele, é possível ter uma candidatura do Planalto e outra do PSDB, mas não é desejável, defendendo a união. Durante a entrevista, FHC sinalizou que Alckmin precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político e de “transmitir uma mensagem” aos brasileiros para se viabilizar como candidato do PSDB e de seus aliados neste ano.

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Contudo, caso ele não cumpra essa tarefa, os tucanos podem apoiar outro nome para evitar a fragmentação do centro, hoje reunido em torno das bandeiras do governo. “Se houver alguém com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princípios próximos aos nossos, temos que apoiar essa pessoa.” Mas ele apontou “não ver” quem seria essa outra pessoa. 

“Se houver outro que aglutine, vai fazer o quê? Veja o que houve no Rio: ficou entre (Marcelo) Crivella (atual prefeito pelo PRB) e (Marcelo) Freixo (deputado estadual pelo PSOL que perdeu para Crivella na disputa municipal)”, apontou. 

 Ao ser questionado sobre uma eventual condenação de Lula, FHC apontou que é ruim para o País e para a memória, mas disse não acreditar que a “população vai tremer nas suas bases por causa disso”. “Não acho que o País vai tremer em função disso. É claro que existe também uma estratégia política do PT: a perseguição. Se o julgamento terminar em condenação, tem que aceitar”, afirmou.

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Ao falar sobre Jair Bolsonaro, atualmente em segundo lugar nas pesquisas, FHC diz não conhecê-lo, afirmando apenas que le era deputado no meu tempo e não tinha uma expressão maior. “Queria me fuzilar, mas nunca dei atenção. Não sei o que ele pensa sobre qualquer tema. Não sei se ele é capaz de expressar o que pensa sobre qualquer tema. Às vezes a pessoa, mesmo sem ter a capacidade de expressar, simboliza”, apontou.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.