FHC afirma: “não há divergências no PSDB sobre impeachment de Dilma”

Para o ex-presidente, é necessário verificar se há condições jurídicas e "clima" de impeachment: "não adianta colocar o carro na frente de bois"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmou a sua posição contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contudo, destacou que não há divergências sobre o assunto dentro do PSDB. 

“Não vamos criar o que não existe. Não há divergências internas. Podem haver opiniões, que não sei quais são porque não estou no Congresso. A minha opinião sobre essa matéria é conhecida. Impeachment não pode ser objeto de um desejo. É um processo”, destacou FHC no Rio de Janeiro, após participar do painel “Reforma Global de Política de Drogas: América Latina”, organizado pela Open Society Foundations, no Museu de Arte do Rio (MAR). As informações são do jornal O Globo e do Estado de S. Paulo.

Segundo o ex-presidente, “a liderança política do PSDB tem de atuar de outra maneira, mais próxima do clamor das ruas” e que o impeachment não é um passo simples, “porque tem que pensar no depois”. Para FHC, é necessário verificar se há condições jurídicas e “clima” de impeachment, além de ouvir juristas sobre as implicações, caso seja comprovado o crime de responsabilidade de políticos: “não adianta colocar o carro na frente de bois”. 

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Ele ainda acrescentou que deve-se levar adiante a operação Lava Jato, com um maior aprofundamento, para que se possa conhecer “alguma punibilidade eventual de algum poderoso, alguém que detenha poder de Estado, no Congresso ou no Executivo”.

No fim de semana, FHC afirmou que “impeachment não pode ser tese. Ou houve razão objetiva (para abrir) ou não houve. Quem diz se houve é a Justiça, o Tribunal de Contas, a polícia. Você não pode se antecipar a isso, transformar o seu eventual desejo de por um outro governo (no poder) em algo fora das regras da democracia. Isso é precipitação. Os partidos têm que esperar”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.