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SÃO PAULO – Após pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin mandou arquivar nesta quinta-feira (16) as citações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato, sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Machado relatou ter havido um esquema de corrupção quando ele ainda era líder do PSDB no Senado, em 1998, para eleger o hoje presidente da sigla Aécio Neves à presidência da Câmara em 2000 e estruturar uma ampla base de apoio para o governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso. Segundo o delator, Aécio teria recebido na época R$ 1 milhão em dinheiro vivo.
Na delação, Machado diz que junto com o então senador Teotônio Vilela Filho e Aécio traçaram um plano em 1998 para “ajudar financeiramente 50 deputados a se elegerem naquele ano para garantir o apoio à eleição de Aécio para a presidência da Câmara, em 2000”. O dinheiro teria sido captado por meio de propinas de empresas e de recursos ilícitos da campanha de Fernando Henrique Cardoso à reeleição.
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Em manifestação ao Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento porque o “prazo para o exercício da pretensão punitiva se encerrou, nos termos do art. 109, II, do Código Penal, no ano de 2016”. Segundo Fachin, pela lei na época, o prazo de prescrição era de 16 anos, se encerrou no ano passado.
(Com Agência Estado)
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