Facebook remove rede de fake news e contas falsas ligada a funcionários da família Bolsonaro

Segundo a empresa, foram identificadas 35 contas, 14 páginas e um grupo no Facebook e 38 contas no Instagram

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Facebook informou, nesta quarta-feira (8), que removeu uma rede associada à propagação de notícias falsas e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus filhos – o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Também são apontados membros do PSL – sua antiga legenda, pela qual foi eleito em 2018. Dentre eles, os deputados estaduais Alana Passos (PSL-RJ) e Anderson Moraes (PSL-RJ).

Segundo a empresa, foram identificadas 35 contas, 14 páginas e um grupo no Facebook, que somavam 883 mil seguidores, e 38 contas no Instagram, com 917 mil seguidores. As contas teriam atuado para manipular as plataformas antes e durante o mandato de Bolsonaro.

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No material apresentado, constavam conteúdos relacionados às eleições, memes políticos, ataques a opositores, empresas de mídia e jornalistas e material relacionado à pandemia do novo coronavírus.

Pesquisadores americanos que analisaram os dados apontam para ao menos cinco funcionários e ex-funcionários de gabinetes bolsonaristas, no que se convencionou chamar de “gabinete do ódio” – grupo supostamente coordenado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o anúncio faz parte de uma ação de remoção de redes de desinformação que operavam em quatro territórios, postando conteúdo político. Além do Brasil, foram derrubadas redes nos Estados Unidos, na Ucrânia e países na América Latina, como El Salvador, Argentina, Uruguai, Venezuela Equador e Chile.

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O site do Atlantic Council’s Digital Forensic Research Lab, instituição que realiza análise independente de remoções do Facebook por comportamento inautêntico coordenado, diz que adversários de Jair Bolsonaro “sofreram ataques online e assédio”.

“Esses ataques não diminuíram quando Bolsonaro assumiu o cargo; pelo contrário, receberam legitimidade institucional”, diz uma publicação na página, que cita as investigações em curso no Supremo Tribunal Federal sobre fake news e os trabalhos em comissão parlamentar mista no Congresso Nacional.

O Facebook afirmou que, quando investiga e remove conteúdo, baseia-se no “comportamento, e não no conteúdo – independentemente de quem esteja por trás dessas redes, qual conteúdo elas compartilhem, ou se elas são estrangeiras ou domésticas”.

Segundo a rede social, houve a criação de “pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de páginas fingindo ser veículos de notícias”. Foram usadas notícias na imprensa e referências de audiências públicas no Congresso Nacional para chegar ao grupo.

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