Expectativa do IPCA acima de 6% em 2012 é ameça para bolsa, alerta Santander

Analistas elencam três pontos cruciais para que mercado de ações se fragilize por pressões inflacionárias

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SÃO PAULO – A partir de que ponto o mercado de ações será afetado pela inflação? Para o Santander, o ponto chave está na suavidade com que o País conseguirá desaquecer a economia e em três fatores fundamentais que podem levar investidores a adotar estratégias defensivas em relação à bolsa brasileira.

“Embora as expectativas de inflação continuem a deteriorar as margens, pode levar entre quatro e seis meses até que seja alcançado o território de estresse” afirmam Marcelo Audi e Leonardo Milane, que citam 

Expectativa do IPCA para 2012 acima de 6,0%
Para a dupla, seria necessário que a expectativa do mercado acerca do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2012 ultrapassasse 6,0%, saindo dos 5,0% atuais, o que não se trate de uma possibilidade remota.

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“Tal expectativa vem crescendo em um ritmo de 17 p.b ao mês desde que a tendência ascendente começou em janeiro de 2010. Na comparação, a expectativa de inflação para 2011 evoluiu no ritmo de 15 p.b ao mês entre agosto de 2010 e março de 2011”, justifica a dupla do Santander.

Títulos NTN-B e taxa de Swap
Além disso, a taxa de inflação implícita para 12 meses nos títulos NTN-B teria que saltar dos atuais 5,9% para valor acima de 6,5%, dado que nas duas últimas vezes em que isso ocorreu houve um reflexo negativo no Ibovespa.

Por fim, o território de estresse será completo se a taxa de swap real anualizada ficar acima de 7,0%, frente os 6,7% atuais, ou se a taxa nominal ultrapassar 13,0%, contra os 12,4% observados atualmente.

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Selic fechando 2011 em 13% a.a.
Frente a este cenário, Audi e Milane estabelecem como cenário base que o Banco Central irá elevar a Selic para 13% a.a até o final deste ano, mantendo-a inalterada ao longo de 2012.

Mercado tem visão mais amena
“Ainda assim, não obstante a contínua deterioração das expectativas de inflação para 2011 e 2012, o mercado não parece esperar um choque de alta do juro básico, nem uma aterrissagem brusca da desaceleração econômica”, reconhecem os analistas, tendo como referência a expectativa da Selic em 12,9% em abril do próximo ano e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,0% em 2011 e 4,2% em 2012, observado no último relatório Focus.

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