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SÃO PAULO – A massa salarial, que vem crescendo desde 2003 a um ritmo maior que o crescimento do País, o conseqüente aumento do poder de compra, os juros em queda e a expansão do crédito podem ser os grandes propulsores de crescimento do Brasil para os próximos quatro anos de mandato do governo Lula.
A previsão é do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que palestrou nesta quarta-feira (06) em evento organizado em São Paulo pela Experian, empresa de análise de riscos financeiros para empresas e consumidores.
Além disso, para o ex-ministro, será um período de oportunidades para as micro e pequenas empresas nacionais.
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Expansão do crédito
Com juros menores e informações integradas, além da redução do spread bancário, as instituições financeiras têm maiores chances de fornecer crédito ao micro e pequeno empresário.
Além disso, com a aprovação do bureau positivo, ou o chamado cadastro positivo, que deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2007, de acordo com Max Basile, diretor de desenvolvimento de negócios da Experian, o ex-ministro aposta na queda do nível de inadimplência.
“A conseqüência disso seria a maior disponibilidade dos bancos em fornecerem crédito e o aumento no número de beneficiários”, resumiu o ex-ministro, que comparou a aprovação do cadastro positivo com as vantagens alcançadas com o crédito consignado. São duas coisas diferentes, mas, por dar uma garantia a mais ao banco credor, viabiliza a transação e ajuda na redução do spread bancário.
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Supersimples
Maílson da Nóbrega falou, também, da aprovação do Supersimples, medida que dá um tratamento tributário específico para Micro e Pequenas Empresas.
Segundo ele, no curto prazo, vai permitir que empresas que atuavam na informalidade se formalizem. “Com sete tributos sobre o consumo, é praticamente impossível a formalidade das MPEs”, afirma. Além disso, a tendência é que a mortalidade das empresas nos primeiros anos de vida diminua com o novo sistema de tributação.
No entanto, o ex-ministro não concorda com a medida ao longo prazo. “Como um país pode evoluir com mecanismos para estimular empresas a serem sempre pequenas?”, questiona.
Para ele, o ideal seria que o Supersimples tivesse uma validade pré-definida e que, durante este período, fossem estudadas formas de modificar o sistema tributário.
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