
(Bloomberg) — Como o número de votos no Senado pela admissibilidade do impeachment foi apenas “ligeiramente superior” ao necessário, a possibilidade de alguns senadores mudarem posição torna-se um “risco real” de reversão do impeachment de Dilma, diz Oscar Vilhena, diretor da Escola de Direito da FGV SP.
- “É preciso ter dois terços para aprovação, não é uma maioria facil de se conseguir”
- “Posição de Temer não é profundamente segura”
- “Desde que essa crise começou, tenho dito que a composição de partidos que chegou ao poder em 2014 tem dois sócios majoritários, o PT e o PMDB”
- “O que se tem descoberto na Lava Jato cai de forma prevalente sobre PT e PMDB”
- “Os mesmos problemas que atingiram um grupo atingem o outro”
- “Presidente Dilma foi afastada provisoriamente muito em função de sua incapacidade em lidar com a base congressual”
- “O que a gente vai ver é a capacidade maior ou menor de Temer de lidar com essa base parlamentar”
- “Temer montou um gabinete para assegurar que ele se mantenha na Presidência e para aprovar um conjunto de medidas”
- “Temos de aguardar para ver em que extensão essa delação atinge o gabinete ou liderança do Congresso”
- “Fantasma de processos da Lava Jato ronda a todos”, pode abalar governo
- “Se Dilma voltar, terá de govenar com uma minoria, terá de reconfigurar todo o seu modo de se relacionar com Congresso”
- Isso pode acontecer, legalmente é viável – Obama governou durante 8 anos como minoritário – mas vai ser difícil, politicamente talvez seja o cenário mais complexo’’
- “Governo Temer tem suas vulnerabilidades em face da Lava Jato, precisa ser capaz de transcender esse imbróglio político”
- “Não há uma solução ótima no horizonte”
- RADAR POLÍTICO: Cai ministro e Temer pode perder votos no Senado
- NOTA: Mercados operam hoje em clima de aversão a risco pelo cenário político; percepção piora após notícia sobre Bradesco
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