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O Exército Brasileiro vai enviar a Roraima doze novos blindados do modelo Centauro II-BR. Os equipamentos serão alocados na 1ª Brigada de Infantaria da Selva, o mesmo local que recebeu outra remessa de equipamentos em 2023, quando o presidente da Venezuela, país vizinho, Nicolás Maduro, ameaçou invadir a região do Essequibo, na Guiana.
Fabricado pelo consórcio italiano Iveco-OTO Melara, o modelo possui um canhão de 120 mm, o que o torna o blindado mais potente disponível na América do Sul.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o governo brasileiro comprou 98 unidades do Centauro, em um contrato de 900 milhões de euros. O primeiro lote dos blindados deve ser entregue em 2026 e o segundo, em 2027.
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A confirmação do envio foi feita pelo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, em 16 de dezembro, durante uma cerimônia. Em seu discurso, Paiva destacou que o “Exército é silêncio, retidão e prontidão, pronto para cumprir qualquer missão em defesa da Pátria”, sem detalhar o motivo real do envio dos novos blindados.
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Tensão internacional
A medida ocorre em meio à crescente tensão entre os presidentes Nicolás Maduro e Donald Trump, com tropas americanas circulando os mares da costa venezuelana.
Nesta semana, Trump anunciou um “bloqueio” a todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela.
No sábado (20), o governo venezuelano divulgou uma nota classificando as ações dos EUA como “criminosas” e prometendo não deixá-las “impunes”.
A campanha de pressão de Trump contra Maduro começou após a reeleição do presidente venezuelano, mas ganhou novos contornos no último semestre de 2025.
Sob a justificativa de combate ao tráfico internacional de drogas, Trump tem realizado ataques a supostos barcos de drogas no Caribe e no Pacífico desde setembro, resultando na morte de mais de 80 pessoas.
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O presidente americano também incluiu o Cartel de los Soles, que afirma ser liderado por Nicolás Maduro, em uma lista de grupos terroristas — o que, na prática, justifica qualquer ação militar dos EUA contra os listados.
Em resposta, Maduro alega que as ações dos EUA visam derrubá-lo e tomar o controle dos recursos petrolíferos do país, membro da Opep, que possui as maiores reservas de petróleo bruto do mundo.