Ex-secretário do PT afirma que tinha costume de guardar dinheiro vivo

Declaração ocorreu em julgamento para explicar a aquisição de um imóvel de cerca de R$ 1 milhão

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O ex-deputado federal André Vargas (ex-PT/PR) negou à Justiça Federal, nesta quarta-feira (14) que tenha ocultado propina na compra da casa de quase R$ 1 milhão em que mora em Londrina (PR). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que mostrou que ele afirmou ao juiz Sérgio Moro – que conduz os processos da Operação Lava Jato – que parte dos valores do imóvel foi pago em espécie porque ele tinha costume de guardar dinheiro vivo em seu escritório.

Vargas declarou a compra do imóvel por R$ 500 mil, segundo consta da escritura. Mas o vendedor, em sua declaração de rendimentos, declarou o negócio por R$ 980 mil, “preço integralmente recebido em 2011”.

O ex-deputado reforçou que o preço do imóvel foi de R$ 980 mil. Porém, segundo o Estadão, a investigação aponta que “parte significativa” do preço foi depositada em dinheiro na conta do vendedor: R$ 225 mil em 13 de maio de 2011, R$ 43,2 mil em 17 de maio de 2011, e R$ 95 mil em 25 de novembro de 2011.

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Segundo Vargas, os valores usados para compra da casa são legais. “A origem são economias pessoais, a venda de um sítio e as movimentações financeiras na minha conta, todos do meu salário. Como eu disse para o senhor, eu ganhei R$ 3,5 milhões ao longo desse período todo (de vida pública). Guardava dinheiro em especie para o momento oportuno, fiz a venda do sítio”, disse no depoimento.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.