Ex-presidente da Petrobras, Graça Foster diz que “dólar acima de R$ 3 é muito ruim”

"Câmbio acima de 3 reais, 3 e pouco, é muito ruim, mas há uma defasagem de óleo diesel que faz aumentar o fluxo de caixa", disse a ex-presidente durante CPI da Petrobras

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A ex-presidente da Petrobras (PETR3;PETR4) Graça Foster está na CPI da Petrobras da Câmara, onde é ouvida pelos deputados, após o pedido de comparecimento ter sido aprovado no início do mês pelos integrantes da CPI.

Ao começar o depoimento, a ex-presidente da estatal fez um balanço de sua trajetória na empresa, falou sobre os recordes na produção da Petrobras em refino de petróleo, na produção de fertilizantes e extração de gás. Ela defendeu investimentos na transportadora Gasene, uma empresa criada pela Petrobras para construir uma rede de gasodutos entre o Rio de Janeiro e a Bahia, passando pelo Espírito Santo.

Ao ser perguntada pelo relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ) sobre se a empresa está preparada para enfrentar o cenário internacional, a ex-presidente falou sobre a exploração nos EUA e o preço do barril de petróleo. Para ela, o “câmbio acima de 3 reais, 3 e pouco, é muito ruim, mas há uma defasagem de óleo diesel que faz aumentar o fluxo de caixa”.

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Graça ainda respondeu sobre os órgãos de controle da empresa, ao dizer que eles”melhoraram a nossa gestão. Mas o descobridor de tudo foi a polícia. O grande descobridor foi a Polícia Federal. Mas não posso negar que o TCU e a CGU colaboram com suas exigências a nossa gestão”.

Esta é a quinta vez que Graça Foster comparece ao Parlamento para tratar das irregularidades na Petrobras. No ano passado, ela depôs na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. Funcionária de carreira da empresa, Foster presidiu a estatal de 2012 a 2015.

Ela deixou a empresa em fevereiro, juntamente com cinco diretores, após ser divulgado que a Petrobras chegou a estimar, no balanço não auditado, em R$ 88,6 bilhões a queda em seus ativos.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.