Ex-ministro de Lula, Cristovam diz que PT se “assassinou” e governo está em fase terminal

Cristovam Buarque ensaia um desembarque do PDT que, segundo ele, "não existe" como partido, pois virou um "puxadinho do PT", conforme destacou para a BBC

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista para a BBC, o ex-ministro da Educação no governo Lula e atual senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez críticas ao governo  da presidente Dilma Rousseff. 

Segundo o senador, “o PT se autoassassinou” ao desconsiderar a meritocracia na nomeação de cargos e não pensar um projeto de longo prazo para o país. “O PT se autoassassinou. Há uma diferença entre autoassassinato e suicídio: suicídio é um gesto consciente, em que existe até uma dignidade; o autoassassinato nem é consciente nem carrega dignidade”.

Ele ainda destacou que o fracasso da gestão Dilma se deve principalmente a erros cometidos pela presidente em seu governo, que está em “fase terminal”.

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A matéria da BBC destaca que, há pouco mais de dez anos, Cristovam deixou o PT após uma série de desgastes que o levaram à sua demissão, por telefone, do cargo de ministro e no embalo da eclosão do escândalo do mensalão. 

Agora, ele ensaia um novo desembarque, desta vez do PDT. Segundo Cristovam a legenda “não existe” como partido, pois virou um “puxadinho do PT” controlado pelo ex-ministro Carlos Lupi.

O senador também questiona como começa o próximo momento, o chamado “day after”, em meio ao processo contra a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer no TSE para a cassação do mandato e a defesa de Marina Silva sobre a cassação. “Acho que lamentavelmente a Marina não trabalha com o day after. Estou menos preocupado com se isso vai terminar com a continuação da Dilma, o impeachment ou a cassação”.

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E completa: “teremos o dia seguinte com o Temer em um governo de unidade nacional? Ou com a Dilma, com um governo de coalizão nacional? Se houver a cassação, a eleição em 90 dias vai permitir a construção dessa coalizão com um projeto alternativo? Essa é a minha preocupação”.

Segundo ele, o cenário ideal é a continuidade de Dilma, mas com um governo que não fosse da Dilma. “Ela sendo a ‘Itamar’ dela própria. No que consiste isso: ela dizer que não é mais do PT, nem de qualquer outro partido, a não ser do ‘Partido do Brasil'”. Porém, ele não vê Dilma com condições para isso. 


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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.