Ex-ministro da Saúde ficaria com uma parte do laboratório da Lava Jato, diz delator

Alexandre Padilha já havia sido citado em delação do doleiro Alberto Yousseff; laboratório servia para remeter dinheiro ao exterior por meio de contratos fictícios de câmbio

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ficaria com uma parte do laboratório Labogen, que foi usado pelo doleiro Alberto Yousseff para tentar fraudar contratos do Ministério em 2013. De acordo com informações da Agência Estado, a informação veio do entregador de dinheiro de Yousseff, Carlos Alexandre de Souza Rocha, em delação premiada. 

Segundo o delator, o laboratório seria fatiado em quatro partes e uma delas seria assumida por Padilha, em parceria com o ex-vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, André Vargas, que já foi preso e condenado no âmbito da Lava Jato. Os outros controladores que receberiam a partilha do Labogen eram Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Fernando Collor e o doleiro Leonardo Meirelles, suposto laranja de Yousseff. O próprio Alberto Yousseff ficaria com a última parte. 

À Agência Estado, Padilha, que hoje é secretário municipal de Relações Governamentais do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, negou que fosse assumir uma cota do laboratório. O aporte de dinheiro na Labogen para fabricar os medicamentos a serem fornecidos ao Ministério da Saúde foi feita por meio do fundo de investimentos administrado por Pedro Paulo Leoni Ramos, disse Carlos Rocha em seu depoimento.

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A Labogen era usada por Yousseff para remeter dinheiro de forma fraudulenta para o exterior via celebração de contratos de câmbio para importações fictícias, disseram os membros da força tarefa da Lava Jato.

Esta não é a primeira vez que o laboratório e o nome de Padilha aparecem na Lava Jato. Em seu depoimento, Yousseff também já havia citado ambos. Ele também disse que André Vargas fez lobby com Padilha para que a Labogen firmasse contratos milionários com o Ministério da Saúde. 

Em 2014, Alexandre Padilha se candidatou ao governo de São Paulo pelo PT. 

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