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Começou por volta das 15h (horário de Brasília) o depoimento do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de irregularidades na companhia. Costa já comunicou que não responderá às perguntas dos parlamentares, usando seu direito de permanecer calado.
A oposição pediu ao presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que a sessão seja secreta para dar a Costa oportunidade de falar sem prejudicar o acordo de delação premiada feito com a Justiça. A oferta foi feita ao ex-diretor da Petrobras, que disse que, independentemente disso, não responderia às perguntas. Por isso, a sessão continuou aberta e foi acompanhada pelo público.
O relator fez perguntas, mesmo ouvindo que do depoente que ele não responderá. Depois, houve novas discussões – acaloradas – se a sessão deveria ser aberta ou fechada.
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Questionado pelo relator Marco Maia (PT-RS) sobre suposta corrupção na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, ele disse que continuaria calado. Outros questionamentos foram feitos, e Costa se manteve calado.
Costa foi chamado à CPMI após ter dito à Polícia Federal, segundo a revista Veja, que dezenas de parlamentares e três governadores teriam recebido pagamentos de comissão sobre contratos da estatal. O depoimento à PF, que teria sido realizado no âmbito de uma delação premiada, foi feito em apuração da operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro.
“Nós estamos diante de um bandido, pois saqueou a Petrobras […] Nós estamos diante da continuidade do braço de Roberto Jeferson”, destacou Onix Lorenzoni, deputado federal (DEM-RS).
Já o deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) destacou que o esquema de propina na Petrobras é bem maior do que o mensalão revelado em 2005 por Jeferson. Rubens Bueno (PPS-PR) defendeu que os documentos da Operação Lava Jato sejam enviados para a CPMI, de forma a descobrir quem é “o chefe da quadrilha” envolvida no esquema de propina na estatal.
(Com Agência Brasil e Reuters)
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