Europa vai pedir regulação financeira e menor protecionismo ao G-20

UE estuda criação de uma taxa global sobre transações financeiras e fiscalização do mercado de commodities

Renato Rostás

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SÃO PAULO – As autoridades do Conselho Europeu, durante a reunião realizada no último domingo (23), decidiram pontos relevantes que levarão ao encontro do G-20 (grupo das 20 principais economias mundiais) em novembro.

Entre as principais demandas do continente, estão a regulação do sistema financeiro global – e do mercado de derivativos em geral, principalmente relacionado às commodities –, a promoção do crescimento inclusivo no mundo e a resistência ao protecionismo praticado em alguns países.

Fiscalização
A União Europeia quer uma reforma do sistema monetário internacional, com maior fiscalização e ferramentas que possam controlar crises sistêmicas. Na reunião do mês que vem, que acontecerá em Cannes, outra das exigências será a de que países com grande superávit externo garantam o financiamento do FMI (Fundo Monetário Internacional).

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Quanto ao mercado de commodities, os líderes veem uma volatilidade excessiva no preço das matérias-primas. Para conter essa oscilação, a Zona do Euro quer maior transparência nesse segmento, e, principalmente, um avanço na regulação dos derivativos. As discussões apresentadas vão incluir até a proposta de uma taxa sobre operações financeiras a ser cobrada em âmbito mundial.

A questão sobre as agências de classificação de risco foi levantada novamente durante o encontro. Os europeus querem que a dependência dos ratings de crédito seja diminuída, por acreditarem que essas notas ajudam a piorar as crises já instaladas. Além disso, o G-20 deve receber também o pedido de que o setor financeiro adote o mais rápido possível os padrões definidos pelo acordo de Basileia III.

Crescimento pelo mundo
Por fim, a atuação da OMC (Organização Mundial do Comércio) também foi discutida em Bruxelas. A ideia é que o órgão auxilie na expansão da “fase social” da globalização. Assim, a recuperação pós-crise de 2008 e o consequente crescimento sustentável e inclusivo poderiam ser alcançados.

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Mas, para isso, a Europa quer cada vez mais um comércio exterior baseado no livre mercado, sendo rechaçadas medidas protecionistas, apesar de o próprio continente contar com subsídios, principalmente agrícolas. A expectativa é de que, no G-20, já comece a se desenhar um projeto sério para encerrar a Rodada Doha, que negocia barreiras comerciais desde 2001.

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