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SÃO PAULO – Foi aprovada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos uma resolução sugerindo que o Governo do Japão faça um pedido formal de perdão às mulheres forçadas a trabalhar como escravas sexuais do Exército Imperial durante a II Guerra Mundial.
De acordo com o porta-voz do governo nipônico, a decisão foi considerada lamentável, já que o primeiro-ministro havia explicado pessoalmente a George W. Bush sua posição sobre o assunto – admitindo e pedindo perdão – durante sua visita aos EUA em abril deste ano.
Assumindo a culpa
Ainda em abril deste ano, o premiê Shinzo Abe havia declarado a revista americana Newsweek que lamentava profundamente a dor que as mulheres tiveram de suportar e que o governo se sentia culpado pela situação. Abe disse ainda que apoiava a declaração realizada em 1993, quando o governo da época admitiu e pediu perdão pelo envolvimento de militares japoneses nos casos de escravas sexuais.
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No entanto, o primeiro-ministro havia provocado uma polêmica anteriormente ao afirmar que não havia provas de que as autoridades japonesas estivessem envolvidas diretamente no recrutamento forçado de milhares de mulheres de vários países asiáticos para quartéis militares antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
Para o presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, Tom Lantos, a aprovação da medida torna inútil o esforço de, segundo ele, algumas pessoas do Japão para distorcer e negar a história e jogar culpa das vítimas.
Escravas
Acredita-se que mais de 200 mil mulheres, muitas com menos de 20 anos, foram escravizadas pelo Exército Japonês antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
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As escravas eram enviadas de países e regiões que haviam sido dominados pelo Japão, como Filipinas, Tailândia, Vietnã, Malásia, China, Coréia do Norte e do Sul.
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