EUA enviam carta ao Rio com condolências por morte de policiais em operação

Dos 121 mortos após a operação mais letal da história do Rio, quatro eram policiais, sendo dois civis e dois militares

Victória Anhesini

Publicidade

James Sparks, um representante da Divisão Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) enviou uma carta ao secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, expressando solidariedade e pesar pelas mortes de policiais ocorridas durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão na última semana.

“É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever, durante a recente Operação Contenção no Complexo do Alemão. Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública”, afirma Sparks em documento.

O representante também ressaltou o respeito e admiração pelo trabalho das forças de segurança do Estado, além de colocar a divisão americana à disposição para “qualquer apoio que se faça necessário”.

Continua depois da publicidade

“Receba, Senhor Secretário, nossos votos de força e consolo diante dessa irreparável perda”, acrescentou.

O documento era timbrado com o selo oficial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, órgão ao qual a DEA está subordinada. A assinatura de James Sparks também fazia referência ao Consulado-Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.

Foram 121 mortes na operação contra o Comando Vermelho, realizada no dia 28 de outubro. Quatro dos falecidos eram policiais, sendo dois civis e dois militares. De acordo com a polícia, as outras 117 pessoas possuíam envolvimento com o tráfico de drogas.

Os policiais mortos são:

De acordo com o jornal O Globo, o governo do Rio entregou à embaixada americana um relatório, no início deste ano, que sugere sanções econômicas a “aliados econômicos” da facção no exterior, e estaria trabalhando para que traficantes sejam considerados terroristas pelos EUA.

Após o episódio, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de abertura de inquérito contra o governador Cláudio Castro (PL), por “potenciais crimes contra o Estado Democrático de Direito”.