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SÃO PAULO – O ministro Guido Mantega, que teve a sua saída da Fazenda praticamente “oficializada” por Dilma Rousseff ontem em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, falou pela primeira vez ao Jornal O Globo sobre o assunto e destacou por que sairá da pasta.
Mantega confirmou que deixa o governo no fim do ano por motivos pessoais, negou divergências com a presidente na condução da política econômica.
“O mandato termina em 31 de dezembro. E quando a gente começa um mandato, o compromisso é ir até o final desse mandato. Eu já estou aqui há três mandatos e, só na Fazenda, há dois. Dois é bom, três é demais, principalmente para minha família. Quando eu saí de casa, meu caçula tinha um ano e meio. Hoje, ele tem 13 anos. Ou seja, por 11 anos e meio o pai esteve fora. Portanto, existe uma questão familiar que se tornou muito relevante. Não tenho condições de permanecer mais num mandato. (…)
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Minha mulher me disse que mais um mandato e eu estou fora de casa (rs). (…) Mas ficarei neste mandato exercendo plenamente as minhas funções até o último dia. Enquanto gozar da confiança da presidenta. É uma condição que todos os ministros têm. Ela já sabia que, por motivos familiares, eu não poderia ficar mais um mandato. Não é que eu estou saindo. Eu não posso ficar mais um mandato. Eu não escondia isso de outros interlocutores. Não sei qual é a novidade”, afirmou ao jornal.
Segundo ele, a imprensa foi criativa em relação ao episódio após ela falar, “de fato”, que era natural renovar a equipe e que sempre houve mudanças no governo. Mantega destacou ainda que eles são muito afinados em termos de política econômica e que ela vai levar esta política às últimas conseqüências.
Mas disse também que será preciso fazer “ajustes” no segundo mandato, e deu algumas dicas genéricas: “fiscal” maior (superávit de 2% a 2,5% do PIB – este ano o previsto é 1,9%) e alívio na política monetária.
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Mantega aproveitou também para criticar a proposta de Eduardo Gianneti (Marina Silva) de reduzir incentivos do BNDES, como o Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI): “Vão quebrar a indústria desse país”. A estratégia é assustar os eleitores com as idéias de Marina.
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