“Eu não me arrependo de nada”, diz Tasso sobre “propaganda polêmica” do PSDB

 "Eu não me arrependo de nada, tenho responsabilidade total pelo projeto", declarou o presidente interino do partido

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio às críticas contundentes de integrantes do próprio PSDB sobre o programa do partido que foi veiculado na última quinta-feira, o presidente interino da sigla, Tasso Jereissati (CE), resolveu se pronunciar. Ele afirmou que assume “total responsabilidade” pela propaganda de TV da legenda e, quando questionado sobre críticas de membros do partido sobre a propaganda, afirmou que “não se arrepende de nada”. “Eu não me arrependo de nada, tenho responsabilidade total pelo projeto”, declarou.

Tasso ainda declarou que “uma determinada polêmica” já era esperada, por se tratar de uma autocrítica ao PSDB. “À essa altura a polêmica é necessária, a discussão é necessária. Então é bom, porque desperta em todos posições diferentes, e eu acho que a população quer isso”, afirmou.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser destituído do cargo de vice-presidente da sigla, Tasso disse que, enquanto for presidente interino, dará orientação ao partido. “Se por acaso houver outra posição do partido também é natural. (…) O partido não está rachado, não. Todos os partidos estão rachados por terem posições divergentes. Não tem pensamento único, pensamento único só no partido comunista”, afirmou. 

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A propaganda do PSDB trouxe críticas ao sistema atual, que chama de “presidencialismo de cooptação”, e traz imagens de um bonequinho vestido com a faixa presidencial entregando blocos a deputados, representados por figurinhas com cifrões no lugar dos olhos. Assim, o teor bastante crítico ajudou a deflagrar a crise no partido – com uma pressão especial para Tasso Jereissati. 

Entre os críticos da peça, está o chanceler Aloysio Nunes, que afirmou à Folha que o programa é uma “crítica vulgar” e que deve ter levado o PT às gargalhadas. O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE),  disse, em nota, que a publicidade é injusta com a “história do partido”, que teria optado por um caminho de “recuperação do país”. “O programa não me representa”, afirmou. O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) ainda afirmou que Tasso “não une mais o partido”.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.