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SÃO PAULO – O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou em depoimento à Justiça Eleitoral na última quarta-feira (1) que se sentia o “bobo da corte” do governo federal. Ele demonstrou descontentamento por ter sido obrigado a entrar em projetos que não desejava e a bancar repasses às campanhas eleitorais, sem que tivesse recebido as contrapartidas que julgava necessárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral em que o PSDB pede à Justiça Eleitoral que casse a chapa DilmaRousseff-Michel Temer por suposto abuso de poder político e econômico durante a eleição presidencial de 2014.
Marcelo Odebrecht disse que tinha contato frequente com o alto escalão do governo. “Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo”. Odebrecht também demonstrou incômodo por divergências com o seu pai, Emilio Odebrecht, quanto a projetos em que a empresa apoiava o governo.
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Odebrecht ainda falou sobre a “naturalidade” do caixa 2 em campanha eleitoral, defendeu que o lobby seja legalizado e afirmou que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. Segundo ele, o caixa 2 envolve pagamento de propinas.
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