Estatizações na Venezuela podem ser negativas a brasileiras como Usiminas

Siderúrgica possui ações da controladora da Ternium Sidor; próximas afetadas podem ser Gerdau e Braskem

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SÃO PAULO – O presidente venezuelano Hugo Chávez deu início ao que pode ser mais uma onda de nacionalizações no país, ao reestatizar a principal siderúrgica do país, a Ternium Sidor. E na visão dos analistas, a notícia não é nada positiva no que concerne a algumas siderúrgicas e petroquímicas brasileiras.

Dentre as empresas nacionais afetadas pela decisão de Chávez está a Usiminas (USIM5), por possuir 16,6% das ações do Consórcio Amazônia, empresa controladora da Ternium Sidor com 60% do capital social da siderúrgica venezuelana. Segundo a Usiminas, foram investidos US$ 100 milhões na compra das ações do consórcio.

Investimento este que não deverá ser ressarcido ou indenizado justamente pelo governo de Chávez, na opinião dos analistas da Link Corretora, em relatório divulgado nesta quinta-feira (10). “Vemos poucas saídas positivas para a Usiminas”, afirma a equipe da Link.

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Gerdau e Braskem também podem ser afetadas

O impacto da nova onda de estatizações de Chávez não deve se limitar apenas à Usiminas dentro do setor siderúrgico brasileiro. “Outra que possui investimentos na Venezuela é a Gerdau (GGBR4), que pode ser a próxima brasileira a sofrer com o comunismo chavista”.

Na leitura dos analistas da Link, o risco político na Venezuela está cada vez maior, e todos os investimentos hoje no país são desaconselhados. Outro setor brasileiro que pode sentir os efeitos da deterioração dos riscos políticos no país latino-americano é o petroquímico.

Mais especificamente a Braskem (BRKM5), que, de acordo com relatório dos analistas do Banif, possui joint-ventures celebradas com a venezuelana Pequiven, em projetos que devem receber investimentos já aprovados de cerca de US$ 90 milhões para estudos iniciais.

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Embora o potencial de ganhos com tais projetos sejam significativamente altos, tendo em vista que constituíram uma importante plataforma de exportações para os mercados norte-americano e europeu, o Banif alerta para a possibilidade de que o governo venezuelano interfira no negócio.

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