“Estado mínimo” separa líderes dos protestos e manifestantes pró-impeachment

Enquanto a primeira pesquisa deixou clara a desconfiança dos brasileiros com partidos, lideranças e instituições, o destaque do novo levantamento foi o descompasso ideológico entre os principais personagens dos protestos

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O Brasil sofre dois esgotamentos simultâneos no campo político e não enxerga alternativas no horizonte de curto e médio prazo. De um lado, existe uma crise de credibilidade de todo o sistema democrático nacional, enquanto de outro, a governabilidade e a representatividade se veem cada vez mais fragilizados na medida em que ficam mais evidentes as fissuras do presidencialismo de coalizão e o desgaste do modelo de gestão petista. Essa é a percepção da professora Esther Solano, da Unifesp, coautora de uma nova pesquisa realizada durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em São Paulo.

A bandeira do afastamento da presidente reeleita foi um importante fator aglutinador de grupos heterogêneos apresentados com maior profundidade no estudo, coordenado em parceria com os professores Pablo Ortellado (USP) e Lucia Nader (fellow da Open Society). Se, por um lado, a primeira edição da pesquisa deixou claro que a desconfiança dos brasileiros é geral e atinge todos os partidos, lideranças e diversas instituições do sistema democrático, um dos grandes destaques do novo levantamento de 16 de agosto é o descompasso ideológico entre os principais personagens dos protestos e os manifestantes que compareceram na Avenida Paulista. Segundo Esther, a agenda neoliberal do “Estado mínimo” não é compartilhada pela maioria dos entrevistados, que defende o oferecimento de serviços de saúde e educação gratuitos.

A canalização do sentimento antipetista nas últimas manifestações foi uma vitória da oposição sobre alas mais progressistas, que, na visão da pesquisadora, ficaram à deriva e têm dificuldades para oferecer alternativas políticas à hegemonia política do PT, partido em torno do qual ainda gravitam. Para Esther, enquanto não houver um reequilíbrio de forças, os riscos para perdas sobre avanços sociais são grandes e podem sofrer com um agravamento gerado pelo que chamou de “nível de apatia política absoluta”. Em entrevista ao InfoMoney, a professora adjunta de Relações Internacionais da Unifesp propõe um mergulho para além dos preconceitos e generalizações comuns ao fla-flu da briga política brasileira. Confira:

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InfoMoney – A pesquisa de vocês revela descasamentos entre os interesses dos líderes dos protestos e os manifestantes que foram às ruas. O que explica isso?
Esther Solano – A ideia da pesquisa era sair dessa simplificação da batalha ideológica polarizadora de que só há “petralhas” e “coxinhas”, como se significasse que todo mundo se encaixa em um padrão ideológico pronto. O que queríamos era ver as complexidades que existem por trás de tudo isso. A ideia era provocar o debate, sair um pouco do fla-flu contínuo.

Tínhamos a impressão de que os grupos que convocaram os protestos não representavam realmente algumas pautas que a população queria. Tanto o MBL (Movimento Brasil Livre) como o Vem pra rua têm um viés muito neoliberal. Se você vir as falas de Rogério Chequer e Kim Kataguiri, são pessoas que têm esse viés da agenda de privatizações, Estado mínimo etc.

O que ficou muito claro na pesquisa foi que essa é uma agenda não compartilhada pelos manifestantes. A amplíssima maioria quer que o Estado provenha saúde, educação, transporte. Até uma parte interessante dos entrevistados queria transporte gratuito, que é uma pauta bastante vanguardista, do MPL (Movimento Passe Livre). Neste ponto, vemos um descolamento grande entre a pauta ultraliberal e uma população que, mesmo se manifestando nas ruas, não quer um Estado privatizador.

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IM – Qual seria o estado de equilíbrio para o qual a pesquisa aponta? – se é que podemos dizer assim. Há um descolamento muito grande entre lideranças e manifestantes. O que vem depois disso? Como esse cenário se sustenta?
ES – O cenário que nós trabalhamos é que temos uma população claramente insatisfeita com o governo. Existe uma insatisfação de corpo político e de corpo econômico. Por outro lado, há uma questão mais classista que ficou muito clara na outra pesquisa e nesta, quando perguntamos sobre a questão das cotas, do Bolsa Família, do Mais Médicos, por exemplo.

Os grupos organizadores souberam muito bem canalizar tudo isso em um sentimento antipetista. Neste ponto, houve uma falha na esquerda em tentar deslocar esse descontentamento para ter outro tipo de proposta, aceitando que de fato existe uma frustração social e lograr um tipo de resposta. Nesse vazio da esquerda e do progressismo, os grupos mais conservadores venceram.

Esse seria o sucesso dos organizadores, que focalizaram toda a raiva e descontentamento no ponto fundamental do impeachment. Penso que, de alguma forma, existe certa instrumentalização de tudo isso. Ou seja: quando você olha os protestos, sem saber muito bem, conclui: “todo mundo é antipetista e quer o impeachment”. A ideia da pesquisa foi justamente aprofundar um pouco e mostrar que existe muita coisa por trás disso. Existe uma insatisfação geral com os partidos. Um exemplo: quando perguntamos sobre corrupção do PSDB (o mensalão tucano ou o escândalo do metrô em São Paulo), a impressão de todo mundo é que são escândalos muito graves. Os tucanos tampouco são poupados.

IM – Convergindo para a percepção de aumento do antipetismo nas ruas, a questão do impeachment foi essencial para as mobilizações. Na pesquisa de vocês, o entendimento de que Dilma Rousseff seria uma figura corrupta beira os 90%…
ES – É altíssimo, levando em consideração que, até agora, não existe uma prova direta contra ela. Claro, uma coisa é a corrupção e outra, a percepção sobre o fenômeno da corrupção. É interessante observar que, do começo até agora, o impeachment foi, de fato, a bandeira que juntou todos os grupos na Avenida Paulista, já que são grupos bastante heterogêneos. 

Neste momento, também vemos outro tipo de descolamento entre o que acontece na Câmara, no Planalto e no Senado. A Agenda Brasil, com Renan Calheiros estendendo a mão à presidente, e o posicionamento de diversas forças econômicas (Globo e Folha, por exemplo) de forma contrária ao impeachment coloca a mensagem das ruas por essa pauta um pouco fora de contexto. Penso que a tendência talvez seja uma diminuição espontânea natural desse tipo de bandeira e do protesto.

IM – Na mesma linha de Dilma, Renan Calheiros e Edurado Cunha também apresentam elevada percepção de corrupção (respectivamente, 93,8% e 70,9%). Como você lê esses dados?
O patamar do PMDB é extremamente inquietante. Renan Calheiros tem uma percepção de corrupção altíssima. Eduardo Cunha também. Conversando com as pessoas em diversos protestos, percebemos que o descontentamento é generalizado. Eu diria que eles se sentem órfãos com a falta de liderança em que possam confiar.

Tem uma pergunta super-relevante que foi “qual é o político que o senhor considera não ser corrupto?”. Mais de 70% responderam que nenhum. Para a grande maioria, todo político é corrupto independentemente do partido. Portanto, estamos focalizando nessa raiva antipetista, mas o fato é que tampouco existe confiança nos outros partidos. É uma crise de legitimidade profunda.

IM – Ainda tocando na questão de Renan Calheiros, vocês esperam alguma reação ou algo que possa pôr em risco essa nova aliança do governo com o presidente do Senado, tendo em vista essa rejeição tão grande mesmo em se tratando de figura não tão midiática como outras (Eduardo Cunha, Aécio Neves)?
ES – Acredito que não. Na minha visão, se existe algum risco, é justamente essa fratura que está no PMDB. De um lado, tem-se o grupo liderado por Eduardo Cunha, figura que nunca devemos minimizar os riscos, enquanto, por outro, as fraturas com Temer e Renan Calheiros.

Reflexo das ruas acredito que não existirá. O que estamos vendo de grandes empresários, mensagens da Globo e outros editoriais de comunicação e a agenda de Renan é um caminho a impedir que o impeachment se torne realidade. As manifestações não vão colocar isso em risco. O reflexo político das manifestações me parece nulo ou muito baixo. Talvez tenham certo reflexo demagógico, como o que vemos com o Aécio saindo pelas ruas, falando em Belo Horizonte.

IM – Nessas manifestações parece que houve maior participação de políticos que tentavam se envolver com os movimentos e surfar na onda de um governo ainda mais enfraquecido. Qual foi a percepção de vocês sobre esse fenômeno?
ES – Vários entrevistadores comentaram que havia pessoas se apresentando nos carros de som de forma claramente pré-eleitoral, como se fossem não simplesmente lideranças de protestos, mas já se apresentando com certa disposição a integrar o sistema político. De certa forma, é algo bastante natural. Temos um governo fragilizado, enquanto, por outro lado, também temos uma oposição fragilizada. O PSDB não está em seu melhor momento; tem certa disputa interna entre Alckmin, Aécio, Serra e diversos grupos. Isso deixa a porta aberta para novos atores na política. 

Uma das perguntas de nossa pesquisa reflete isso. Nossa intenção era entender, já que havia um cenário de descontentamento com as lideranças tradicionais, quais seriam as alternativas. A grande maioria ainda, mesmo que descontente, continuou com a resposta de que daria poder a um político honesto. Os militares representam um grupo minoritário. Mas entregar o poder a um juiz honesto começa a ser defendido por algumas pessoas. Uma figura como Barbosa e Moro evidentemente ganha espaço nessa crise de legitimidade.

Também mereceu destaque a defesa por tomar decisões políticas por consulta popular e plebiscitos. Isso é muito interessante, já que se trata de uma pauta definitivamente progressista. Você não esperaria isso de uma manifestação “de direita”. Há um paradoxo que remete à época em que o PT tentou incluir a ideia dos conselhos populares e todo mundo foi contra.

IM – O nome de Lula ganhou destaque nas manifestações. Pesquisas de monitoramento de redes mostram expressivo aumento nas menções ao ex-presidente em comparação com os protestos de março. Como você viu isso se manifestar nas ruas?
ES – Lula é uma figura simbólica e muito carismática, que representou uma das grandes lideranças do país. Conduzir a proposta não apenas contra Dilma, mas contra Lula tem um poder muito forte. O ex-presidente, de alguma forma, é uma figura conhecida por esse capital político enorme, que Dilma jamais terá. Então, dirigir a mensagem contra ele evidentemente terá um retorno político muito grande. Esses grupos sabem disso. 

Uma coisa que nos impressionou bastante foi a percepção de corrupção de Dilma. Pensamos que seria menor. Lula tem um índice de quase 100% entre os manifestantes. Agora, no caso de Dilma, ela sempre se apresentou como lutadora contra a corrupção, e aparentemente todo mundo que convive com ela diz que parece uma figura honesta.

IM – Voltando à questão envolvendo Renan Calheiros, gostaria de saber como eram as avaliações a seu respeito nas outras pesquisas que fizeram. O nome do parlamentar acabou não citado no produto final.
ES – Não temos. Minha avaliação, com base em outras pesquisas feitas por alguns colegas, é que Renan Calheiros sempre teve percepção de corrupção altíssima, inclusive maior que a de Cunha. A pesquisa feita por Mara Telles em Belo Horizonte mostrou justamente isso.

É interessante, uma vez que Eduardo Cunha tem uma visibilidade muito maior, apresentando-se de forma até folclórica no Congresso, além de suas denúncias serem mais fortes. Já Renan fica muito mais nas sombras e não conta com denúncias tão visíveis. Ele adota uma postura indefinida, pouco midiática.

Penso que usar populismo e demagogia – como Bolsonaro e o próprio Cunha –, no discurso de “vamos lutar contra eles”, acaba trazendo adeptos justamente por ser muito apelativo, principalmente em momentos de crise política e de lideranças.

IM – A posição de Cunha entrando em rota de colisão com Renan, criticando-o bastante antes das manifestações e tentando incluir críticas a ele nos protestos, pesou de alguma forma sobre isso?
ES – Eu diria que não muito. Algumas das perguntas que fizemos qualitativamente foram se as pessoas sabiam o que estava acontecendo com relação à Agenda Brasil, à mobilização de Renan com Dilma e à quebra do PMDB. Constatamos que o conhecimento sobre o que está acontecendo é muito baixo. As pessoas realmente não sabem o que está acontecendo nos bastidores. A percepção política delas é uma coisa que talvez seja mais emocional do que com conhecimento de fato por trás. Mais fundamentada em senso comum, em certa figuração pela imprensa, do que o conhecimento real da agenda.

IM – Qual foi a metodologia usada pela pesquisa?
ES – Éramos uma equipe de três coordenadores com 28 entrevistadores. Basicamente, o que fizemos foi muito parecido com a outra pesquisa: como já sabíamos a distribuição dos carros de som na Avenida Paulista e suas respectivas ideologias, distribuímos os entrevistadores de maneira proporcional, evitando-se viés ideológico, recolhendo-se todo tipo de opinião. Cada entrevistador fez 15 entrevistas. Também tivemos o cuidado de que fossem entrevistas relativamente heterogêneas. Ou seja, pegaram homens e mulheres, pessoas que eles intuíssem renda maior e menor, justamente para abarcar todas as possibilidades demográficas e ideológicas. 

IM – Ainda assim, foi possível observar certa restrição de público. Isso ficou claro na questão da escolaridade, por exemplo.
ES – Em termos de escolaridade e renda também. É muito claro que as camadas mais baixas não estavam presentes. Por outro lado, temos que desmistificar a ideia, que vem muito de grupos de esquerda, de que são protestos das elites. Essa é uma coisa que temos que desconstruir. Não é simplesmente a elite paulista que estava lá. Acho que é um descontentamento da classe média, que sempre cedeu e talvez se sinta um pouco órfã até. 

Muitos falavam comigo na Paulista: “poxa, o PT só trabalha para pobres, nordestinos… Só fez Bolsa Família. Estou pagando imposto, mas quem está cuidando da classe média?”. Por outro lado, as pessoas que pertencem às elites, ao grupo privilegiado economicamente, ganharam muito dinheiro também com o PT. Portanto, acredito que essa classe média sempre foi um pouco abandonada pelo projeto.

IM – É uma espécie de efeito colateral do pacto social rentista do lulismo.
ES – Efetivamente. É algo, de certa forma, natural, porque são muitos anos de projeto petista e é um ciclo que já vem se esgotando de forma praticamente natural. Passou-se muito tempo sem termos uma oscilação no poder. Isso obedece certa lógica. Um país precisa de certa alternância.

IM – Ao mesmo tempo, tem-se, além da discussão da exaustão de um modelo político no poder, até de o desgaste do sistema vigente. Neste contexto, entra a questão da reforma política e pequenas mudanças na Câmara. Qual seria sua percepção sobre o ciclo que se encerrou com os dois turnos na casa?
ES- Temos duas crises e dois esgotamentos: o do modelo petista e o do modelo do sistema democrático brasileiro de um modo geral. Existe um esgotamento da governabilidade e da representatividade em nível internacional. O problema de tudo isso é que, ao mesmo tempo em que se vê uma decadência desse modelo, não se vê no Brasil alternativas políticas. Nós fizemos uma reforma política ridícula, que foi um insulto ao desejo de mudança da sociedade. Eduardo Cunha conduziu algo sinistro. Novamente, legitimaram o financiamento privado de campanha, quando todo mundo é contra. Nesse sentido, existe um enorme descolamento entre o sentimento da população e o que está sendo feito no Congresso e outras instituições políticas. 

O momento é de exigências. É um momento em que as lideranças partidárias e representantes em Brasília nos mais diversos níveis de poder deveriam deixar essa opacidade às demandas das ruas. As principais demandas são por mudanças estruturais no sistema. O problema é que ninguém quer escutar. Temos um impasse no país, porque se tem um grupo conservador cada vez maior no Congresso (bancadas evangélica, da bala etc.), enquanto, da parte da esquerda, tem-se o PT com projeto esgotado. Mas vai ser muito difícil que cresça uma força alternativa à hegemonia do PT na esquerda.

O problema que vejo aqui no Brasil é que se junta um processo de crise de representatividade com o crescimento de algumas forças conservadoras-fundamentalistas, pessoas que utilizam a religião como instrumento de poder político. Essa crise está deixando um vácuo político que não consegue ser preenchido por alas progressistas justamente por essa incapacidade de sair da órbita do PT, e está sendo ocupado por figuras como Bolsonaro e Cunha, que utilizam a religião ou o discurso do medo. Isso é perigoso, porque pode levar a retrocessos.

IM – Qual é o cenário que a senhora visualiza em meio à deterioração do sistema político e a sensação cada vez menor de representatividade por parte do eleitorado?
ES – A curto prazo, não sou muito otimista. Uso como exemplo a pergunta sobre as eleições para a prefeitura de São Paulo. Quase 65% das pessoas não queriam responder, não sabiam em quem iriam votar ou não se interessavam pela eleição. Pouquíssimas pessoas que tinham voto definido se interessaram por responder. Há um nível de apatia política, de paralisia política, absoluto.

O cenário, para mim, é complicado justamente por isso, já que vejo figuras que me alarmam obtendo poder disso, abrindo espaços. O exemplo de Datena é muito claro: é uma figura que cresceu na TV com o discurso purista, muito perigoso, ainda mais em um país como o Brasil, que tem índices brutais de violência. Esse tipo tem ganhado espaço e gerado certa assimetria no cenário político. As figuras mais punitivas, folclóricas, que priorizam o discurso conservador do medo ganham espaço, ao passo que nomes progressistas perdem.

Se não tivermos um reequilíbrio de forças, vai haver problemas. E aí, entram em discussão pautas complicadas, de claro retrocesso legislativo. O que se perde em termos de avanços sociais é muito difícil de se recuperar. Até que não se reestruture o campo do progressismo, penso que são tempos difíceis os que virão.

IM – Mais algum ponto a acrescentar à discussão?
ES – Vale frisar o papel da imprensa. Uma das perguntas que fizemos envolveu a bilionária Operação Zelotes, que envolve os grandes poderes econômicos e políticos do país e de fora. A metade dos entrevistados não conhecia a operação, porque havia, de fato, um vácuo informativo. 

Precisamos ressaltar a responsabilidade da imprensa. No Brasil, temos o problema do monopólio da informação pelos grandes grupos empresariais. Também temos uma população que não acredita na imprensa, o que faz com que outros canais de informação – como são o Facebook, aqueles jornalistas polêmicos que vimos na outra pesquisa (Datena, Sheherazade, Azevedo) – ganhem espaço, como parte do descrédito. É uma retroalimentação. Tem-se uma informação muito precária, um discurso de raiva, polarização e falta de diálogo, somado à crise de representatividade…

É um momento de irresponsabilidade de todo mundo: da imprensa, das forças políticas e da própria cidadania. Não dá para continuar com esse discurso agressivo de violência verbal, de falta de diálogo, petralhas, coxinhas. Temos que reduzir muito esse nível de agressividade e elevar o conhecimento político, caso contrário, não conseguiremos nada de bom.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.