Está na hora de “dar um susto” em Michel Temer, combinam deputados da base aliada

Insatisfeitos, parlamentares querem entregar mais votos a favor da segunda denúncia contra o presidente do que ele espera, aponta coluna do Estadão; por outro lado, algumas siglas oferecem menos riscos a Temer

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Com a votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer se aproximando, os partidos da base aliada externam as suas insatisfações com o governo – e podem ir até mesmo contra o governo. 

De acordo com a coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, no plenário da Câmara, deputados da base têm combinado entre si que está na hora de “dar um susto no governo” e entregar mais votos a favor da segunda denúncia contra o presidente do que ele espera. A coluna ressalta que não há risco da denúncia ser aprovada, mas há um acúmulo de insatisfações que têm se espalhado perigosamente entre os aliados.

Essa avaliação vai em linha com a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em jantar com senadores e deputados na última quarta-feira. De acordo com parlamentares que participaram do encontro, Maia disse acreditar que Temer terá votos suficientes para derrubar a acusação formal da PGR (Procuradoria-Geral da República), mas apontou que o governo cometeu erros no relacionamento com seus aliados e, portanto, encontrará no plenário um ambiente menos favorável do que na primeira denúncia apresentada contra ele.

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Entre as insatisfações, a influente bancada mineira reclama da venda das usinas da Cemig, deputados do Centrão cobram liberação de recursos e cargos e a negociação do Refis também deixou sequelas. 

Por outro lado, a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, destaca que, após as falas no jantar, Maia tenta matar no nascedouro os rumores de que estaria alinhado à oposição para deteriorar a situação de Temer. “Quem acha que vocaliza algo em meu nome está enganado. Não crio um ambiente de três pessoas para estruturar algo. Não faço jogo”, disse ele.  A postura do presidente da Câmara desestimula dissidências no centrão. PP e PR, duas numerosas siglas do grupo, foram saciadas e descartam risco para o peemedebista, afirma a coluna.

Porém, o risco de susto continua: como sempre, há tensão no PSDB ,no DEM, que se incomodou com o avanço do PMDB sobre quadros que cobiça e também no PSD (veja mais clicando aqui).  Assim, a fatura para barrar a denúncia deve aumentar.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.