Espanha: oposição vence eleições regionais e amplia temor sobre ajuste fiscal

Partido Popular, de direita, mantém discurso pregando mudanças nas políticas implantadas por Zapatero

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SÃO PAULO – O PP (Partido Popular) foi considerado o grande vencedor das eleições regionais na Espanha, impondo derrota histórica ao PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), do primeiro-ministro José Luis Zapatero, em um pleito considerado prelúdio da disputa para o governo central em 2012.

Os espanhóis foram às urnas no último domingo em meio a intensos protestos populares, marcados pela indignação frente ao crescente desemprego e às medidas de ajuste fiscal promovidas pelo governo do PSOE. Também houve manifestações relativas à descrença no processo eleitoral.

Com 100% dos votos apurados, o PP – partido de centro-direita e na oposição ao governo central – obteve 37,5% do total de 22,9 milhões de votos, enquanto o PSOE registrou 27,8% dos votos, considerado seu pior desempenho nas eleições para as comunicades autônomas, obtendo dois milhões de votos a menos que seu principal rival. Cerca de 66% dos eleitores compareceu às urnas.

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Questionamento
As comunidades e municípios autônomos possuem diferentes graus de liberdade fiscal e para definição de políticas públicas. A derrota do partido que comanda o governo central na Espanha também era apontada por analistas como uma possível ameaça à consolidação do plano de reformas e cortes de gastos, implantado pelo governo de Zapatero.

“Os novos governos locais podem trazer um foco maior às frágeis finanças das comunidades e municípios, mas também podem levantar questões sobre a capacidade da Espanha em avançar com as medidas de austeridade fiscal propostas”, destacou o analista-chefe do Danske Bank, Arne Lohmann Rasmussen.

As eleições gerais, que definirão a composição do parlamento e do governo central, ocorrerão em março de 2012. Alvo de boa parte dos protestos populares, Zapatero pretende manter-se à frente do governo até as próximas eleições. “É a experessão de um mal estar coletivo e legítimo”, afirmou Elena Valenciano, porta-voz do partido derrotado.

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